Nova ferramenta da Google aproxima internautas da astronomia
17/12/2012 – A Google lançou em novembro uma nova ferramenta para o Google Chrome, navegador da empresa: o 100,000 Stars mostra a localização de 119.617 estrelas da Via Láctea, que tem cerca de 200 bilhões. Montado com informações da NASA, da Agência Espacial Européia e do Wikipédia, entre outras fontes, o aplicativo é parte do projeto Chrome Experiments, “que procura desenvolver coisas criativas para a plataforma web”.
Para a física com mestrado em Astronomia, Victoria Flório Andrade, a iniciativa não tem uma utilidade científica para acadêmicos, mas torna a astronomia algo mais acessível. “O acesso às descobertas astronômicas está se tornando cada vez mais difícil. Isso acontece graças ao elevado grau técnico da linguagem usada pelos cientistas, na atualidade, que envolve especialização crescente, instrumentos cada vez mais caros etc, o que pode acabar afastando os apaixonados pela beleza das imagens astronômicas, como, por exemplo, os astrônomos amadores, do conteúdo dessas descobertas”, explicou.
A própria Google já tinha entre seus programas e aplicativos o Google Sky, versão para o espaço do Google Street View, que permitia ver fotos de estrelas e outros astros, com direito a coordenadas, mas não em 3D nem com informações adicionais, como acontece com o 100,000 Stars. Victória lembra que, nesse sentido, “ele é mais parecido com o Celestia, que é um programa em que você pode viajar de um corpo para outro e ver o céu de lá”. Criado por Chris Laurel, o Celestia é um programa de código aberto que pode ser instalado em sistema Windows, Mac OS X e GNU/Linux.
Rama Teixeira, diretor do Observatório Abrahão de Morais, de Valinhos, afirma que iniciativas como essa ajudam na divulgação científica, o que é muito importante. “Esses recursos todos permitem uma melhor compreensão de vários fenômenos e estruturas celestes e motivam muito os usuários a estudarem astronomia e ciências de maneira geral. Isso é fundamental para o desenvolvimento científico. São os usuários jovens motivados por esse tipo de iniciativa e muitas outras que serão os cientistas de amanhã”.
Fonte: Revista Eletrônica Com Ciência – Labjor