Novas tecnologias para produtividade da piscicultura na região Amazônica foram discutidas em Workshop


Com o tema “Amazônia sustentável: uma nova perspectiva para a aquicultura”  foi realizada nesta quarta-feira (23/6), a solenidade de abertura do Workshop Nacional sobre Tecnologia de Bioflocos (BFT) na Amazônia. O evento realizado de forma remota conta com apoio da Fundação de Amparo à  Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), por meio do Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos e Tecnológicos no Estado do Amazonas (Parev)- Edital N.007/2019.

Em sua primeira edição, o evento é promovido pelo Grupo de Pesquisa Aquicultura na Amazônia Ocidental do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, em parceria com os Programas de Pós-graduação em Aquicultura da Universidade Nilton Lins, e discute novas tecnologias para produtividade da piscicultura na região Amazônica.

Durante a solenidade de abertura do evento, a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales, destacou que a realização de eventos científicos e tecnológicos são importantes por  permitirem o intercâmbio de conhecimento, bem como que sejam apresentados à sociedade as pesquisas desenvolvidas, impactos e resultados.  

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Márcia Perales enfatizou ainda que desde 2019 houve um reposicionamento no Governo Wilson Lima da ciência, tecnologia e inovação como áreas estratégicas para o desenvolvimento socioeconômico do Estado, o que tem permitido a realização de um conjunto de ações para fortalecer a política de CT&I.  Um exemplo é o Programa de Apoio à Pós-Graduação Stricto Sensu (Posgrad-2021/2022) que este ano  ofertou 1.000 cotas de bolsas para estudantes da capital e interior do Amazonas, nas modalidades de mestrado e doutorado. Esta edição marca o maior número de bolsas já concedidas pela Fapeam. 

Vale destacar também que o curso de Pós-Graduação em Aquicultura do Inpa também é apoiado pela Fapeam com cotas de bolsas e auxílio pesquisa.

“O Posgrad possibilita que os estudantes possam iniciar essa trajetória no mestrado e doutorado com condições para se dedicarem aos estudos e desenvolverem suas pesquisas. Isso é algo muito importante porque sabemos que há capacidade técnica instalada no estado e fomentar a formação de recursos humanos em áreas estratégicas é crucial para o desenvolvimento do Estado”, disse.  

O secretário da Sepror destacou a importância do Plano Safra que vai contribuir para o desenvolvimento das cadeias produtivas incluindo a Piscicultura. 

“Nós apoiamos uma lei fundamental para o desenvolvimento da Aquicultura, que é o Marco Legal que não tínhamos, conseguimos uma participação efetiva e hoje, nós temos o Marco Legal uma lei sancionada da Aquicultura. Isso vai representar a desburocratização da atividade produtiva da Piscicultura. Hoje, com a Lei de Aquicultura nós conseguimos utilizar as novas tecnologias, para que aquele piscicultor de até 5 hectares de área alagada possa ter seu processo simplificado nos órgão ambientais do governo do Estado”, afirmou.  

A pesquisadora Elizabeth Gusmão relata que a tecnologia dos bioflocos  ainda não está disponível ao produtor/ piscicultor local, mas que acredita que com a pesquisa seja possível disponibilizar um protocolo com o passo a passo para a utilização da tecnologia com as espécies nativas matrinxã e tambaqui até o final deste ano.

“Ainda esse ano, estaremos lançando a 1ª cartilha sobre a criação de matrinxã e tambaqui em sistema BFT, cujos resultados são fruto dos trabalhos de alunos de iniciação científica, pós-graduandos, pós-doc e pesquisadores dos projetos de pesquisa”, conta.

Sobre Workshop

Tem a finalidade de apresentar e discutir pesquisas que possam contribuir com novas tecnologias para aumentar a produtividade de espécies de peixes nativas da Amazônia, principalmente o tambaqui e a matrinxã, as mais produzidas atualmente na região Norte, além da preservação do meio ambiente, a exemplo do sistema de Bioflocos (BFT). O evento iniciou no dia 21/6 e ocorre até sexta-feira (25/6).

 Por: Jessie Silva

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