Novo iogurte é desenvolvido com potencial antioxidante e anti-inflamatório
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em parceria com a empresa Biozer da Amazônia desenvolveu um iogurte à base do extrato do gengibre amargo (Zingiber zerumbet), planta ornamental com potencial antioxidante e atividade anti-inflamatório. O objetivo é colocar no mercado um alimento alternativo para o consumo de produtos amazônicos e com melhor potencial terapêutico para o bom funcionamento do sistema gastrointestinal.
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“Incorporamos o valor nutricional e terapêutico do gengibre amargo num iogurte, como forma de oferecer um alimento alternativo em relação aos existentes no mercado”, explicou o professor e pesquisador do Inpa, Carlos Cleomir.
Segundo o pesquisador, que é doutor em Biotecnologia e Recursos Naturais, a incorporação do extrato dessa planta no iogurte permitirá ao consumidor prevenir e tratar vários tipos de doenças, como a úlcera e o diabetes e, especialmente, no combate aos processos inflamatórios e às células cancerígenas provocadas pelos vírus do herpes, como câncer de pele, colo e fígado.
De acordo com Cleomir, o gengibre amargo, conhecido pelo seu potencial farmacológico e terapêutico, é uma planta usada na medicina tradicional asiática no tratamento de várias doenças. Apesar das potencialidades medicinais e econômicas, no Brasil a planta é utilizada para ornamentação. Contudo, o pesquisador observou que este vegetal tinha um grande potencial para expansão dos estudos e com base científica.
Para isto, se associou à Biozer da Amazônia, empresa de fitoterápicos criada em 2006, em Manaus (AM), que utiliza como principal matéria-prima o gengibre amargo. Entre os produtos desenvolvidos pela empresa estão uma cápsula terapêutica e um sabonete antiacne, resultado da parceria com o Inpa. Além deles, um gel cicatrizante, bebida energética, geleia e sorvete estão sendo desenvolvidos e testados com previsão de estarem à disposição dos consumidores no segundo semestre deste ano.
O novo iogurte é uma invenção que faz parte dos seis pedidos de depósito de patente que o Inpa registrou, no final de 2014, junto ao Instituto Nacional de Proteção Industrial (Inpi). Ao todo, a entidade tem 71 pedidos de depósitos de patentes, totalizando 175 produtos e processos registrados.
Fonte: Agência Gestão CT&I, com informações do Inpa