O papel do livro na transmissão do conhecimento
29/10/2012 – Da antiguidade aos dias atuais, o livro sempre foi um dos maiores meios de transmissão do conhecimento. Mesmo com transformações sofridas desde o seu surgimento, ele continua contribuindo para o desenvolvimento das sociedades e para o crescimento intelectual de cada ser humano.
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Registros históricos indicam que o livro impresso em papel, surgiu no século 15, com o surgimento da prensa feita por Johann Gutenberg, no entanto, os primeiros livros apareceram a partir da invenção da escrita, há cerca de 5 mil anos. Desde a sua criação, o livro acumula uma história de inovações técnicas, ganhando novos conteúdos e formas com o passar do tempo e com a chegada das novas tecnologias.
No Brasil, o livro começou a ser impresso após a vinda da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808. Até então a impressão era toda feita no exterior. Ao chegar ao País, D. João VI instalou a Imprensa Régia, onde foi publicado o primeiro jornal brasileiro, a Gazeta do Rio de Janeiro e mais adiante o primeiro livro, Marília de Dirceu, do escritor Tomás Antonio Gonzaga. A partir daí surgiram outros jornais, folhetos e a primeira revista.
No Brasil, o dia 29 de outubro foi escolhido como o Dia Nacional do Livro em homenagem à Fundação da Biblioteca Nacional que nasceu com a transferência da Real Biblioteca Portuguesa para o país.
"Um País se faz com homens e com livros", já dizia Monteiro Lobato ao se referir à importância da leitura para a disseminação do conhecimento. E o leitor reconhece essa importância, como cita a Revista Veja do dia 11 de julho de 2012, “a venda de livros foi recorde no Brasil em 2011, os apontamentos são da pesquisa realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL)”. Em contrapartida, uma pesquisa realizada recentemente pelo Instituto Pró-Livro, aponta que o brasileiro sabe dessa importância, mas se mostra desinteressado pela leitura. A pesquisa intitulada Retratos da Leitura no Brasil, diz que apenas metade da população é leitora, de acordo com os resultados, a média de leitura por pessoa é de quatro livros por ano.
No Amazonas, uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) está mudando o cenário literário tanto na capital quanto no interior. É o Programa de Apoio a Divulgações Científicas (Biblos) que tem o objetivo de apoiar a publicação de livros, manuais, números especiais (temáticos) de revistas e coletâneas científicas nos seguintes suportes: papel, mídia eletrônica e digital.
O programa já possibilitou a publicação de várias obras de escritores e pesquisadores da região. Segundo a professora e escritora Norma Bentes o Programa incentivou a produção literária local, especialmente a acadêmica. “No geral, faz-se um grande esforço pessoal e financeiro para a produção do conhecimento, mas no final, há um grande bloqueio à sua divulgação, já que publicar livros ainda é muito oneroso. Assim, o Biblos deu vazão a uma demanda existente na produção científica local, sendo um grande incentivo, real e concreto, para a comunidade acadêmica”, afirmou.
A professora destaca ainda que não basta produzir conhecimento, é necessário socializá-lo, para que ocorra a transformação da realidade social. "Na minha opinião, essa é a grande contribuição do programa para a sociedade. Oportunizar o acesso ao conhecimento científico local ao grande público", afirmou.
O professor e pesquisador da Universidade Federal do Estado do Amazonas (Ufam) Maurício Brilhante de Mendonça, que também teve a oportunidade de lançar uma obra por meio do Programa, fala da importância do apoio por meio do Biblos. Para ele, o programa faz com que uma gama de pesquisadores de diversas áreas de interesse tenham seus trabalhos publicados por um meio dinâmico que é o livro.
“O Biblos fomenta livros cujos conteúdos têm origem em pesquisas científicas que geralmente são acessadas por um pequeno número de interessados: estudantes, geralmente de programas de pós-graduação; e pesquisadores mais especializados. Assim, o programa possibilita que um professor ou pesquisador de posse de sua obra impressa divulgue sua pesquisa entre colegas, alunos, familiares, amigos, bibliotecas de seu interesse, livrarias e até bancas de revistas pela cidade. Popularizando o trabalho acadêmico e científico”, destacou o Mendonça.
O professor e pesquisador ressaltou que a publicação ‘Saúde Ambiental na Amazônia: desafios e perspectivas’ trouxe grandes contribuições. Uma delas foi o reconhecimento de seu trabalho como professor e pesquisador por parte dos amigos, parentes, colegas e conhecidos.
Sobre o Biblos
Este programa da FAPEAM busca apoiar a publicação de livros, manuais, número especial (temático) de revistas e coletâneas científicas nos seguintes suportes: papel, mídia eletrônica e digital no Estado do Amazonas
Outras informações sobre o programa, clique aqui.
Rosa Doval – Agência FAPEAM