Ônibus híbrido e trem com levitação magnética podem ser saída para mobilidade urbana


14/06/2012 – Rio de Janeiro – RJ – Novas soluções para a mobilidade urbana voltadas para cidades sustentáveis são apresentadas durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, que acontece até o próximo dia 22 de junho, na capital do Rio de Janeiro.

Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook

Uma das inovações é o Maglev-Cobra, que consiste em um trem de levitação magnética que está em desenvolvimento no laboratório de Aplicações de Supercondutores (Lasup) da Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/tremlevitacao.jpgNo laboratório, um modelo em tamanho real levita sobre uma linha de 12 metros de extensão, enquanto aguarda a construção de uma via demonstrativa de 200 metros, montada com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE).

A aposta da Coppe na levitação supercondutora vem se mostrando promissora. Grupos de pesquisa da Alemanha e na China também iniciaram projetos nessa vertente na virada do século e negociam cooperação com os pesquisadores brasileiros.

De acordo com o mestrando do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe/UFRJ, Flávio Goulart, o veículo conta com capacidade para atender a cidades de grande porte, sendo uma solução inovadora e 35% mais em conta do que metrôs convencionais.  “O Maglev-Cobra dispensa as complexas e dispendiosas obras civis dos metrôs e trens de superfícies convencionais”, explicou Goulart, que desenvolve pesquisas no Lasup, sob a coordenação do pesquisador Richard Magdalena Stephan.

Ônibus híbrido
src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/onibus.jpgO ônibus híbrido, movido a hidrogênio com tração elétrica, consiste em outra iniciativa científica realizada pela Coppe/UFRJ que se tornou solução concreta para a mobilidade urbana nas grandes cidades e para a utilização de novas formas de energia.

Durante a mostra ‘O futuro sustentável –Tecnologia e inovação para uma economia verde e a erradicação da pobreza’, na Rio+20, o pesquisador de iniciação científica na área de Engenharia Metalúrgica da Coppe/RJ, Vinícius Fonseca, explicou que esse veículo consome energia produzida a bordo a partir do hidrogênio, combinando-a com a energia obtida da rede elétrica.

Esse projeto traz soluções para dois problemas cruciais da mobilidade urbana: o pesado uso de diesel, combustível poluente e não renovável, para mover as frotas de veículos coletivos; e a ineficiência dos motores a combustão interna, que em média aproveitam apenas 15% da energia contida no combustível.
“O ônibus híbrido tem autonomia de 300 quilômetros, equivalente à dos ônibus a diesel para uso urbano”, disse Fonseca.

Segundo a Coppe, o setor de transportes no Brasil responde por mais da metade do consumo de derivados de petróleo e apenas 0,04% do consumo de eletricidade. Nesse sentido, o ônibus elétrico híbrido abre uma grande perspectiva de eletrificação dos transportes. O projeto é coordenado pelo pesquisador e chefe do Laboratório de Hidrogênio da Coppe/UFRJ, Paulo Emílio.

O veículo já está em sua segunda versão, sendo que a primeira foi lançada em maio de 2010, por meio de incentivos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Petrobras, CNPq e Faperj. A expectativa é de que em 2014, o ônibus circule entre a linha dos aeroportos do Rio de Janeiro.

Mais informações sobre a Rio+20

Foto1: Flávio Goulart, mestrando da Coppe/UFRJ, faz demonstração do trem
Foto 2: Vinícius Fonseca apresenta características do ônibus híbrido (Créditos: Cristiane Barbosa)

Cristiane Barbosa – Agência FAPEAM

Deixe um novo comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *