Painel destaca ações para desenvolvimento científico da região
Abordar o papel das instituições de ensino e pesquisa para o futuro da região Norte a partir da agenda científica do século XXI para a Amazônia, este foi o tema do painel de encerramento do “Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade da Amazônia”, evento realizado no período de 15 a 18 de junho na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Manaus.
A ideia do painel foi reunir dirigentes de instituições de pesquisa e de ensino superior da Amazônia para debater os temas centrais do seminário (Meio ambiente e sustentabilidade na Amazônia) na perspectiva das instituições públicas de ensino e pesquisa da região, além de proporcionar o encontro e o diálogo entre instituições, para a construção de estratégias conjuntas que agrupem e potencializem suas ações na região em favor de seu desenvolvimento sustentável.
Convidado para ser um dos palestrantes do painel o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Odenildo Sena, destacou as oportunidades na área de forma positiva. “Eu tenho alimentado, nestes últimos anos, bastante otimismo em relação ao desenvolvimento científico do Amazonas. Estamos tendo a oportunidade de dar saltos importantíssimos em diversas áreas. Vejo isto de forma muito positiva”, destacou.
Durante sua apresentação, Sena fez questão de ressaltar que o Brasil é hoje o 13º no ranking de produção científica no mundo. “Temos que transformar essa produção em real ganho para a sociedade”, ratificou, destacando ainda os resultados e o compromisso da FAPEAM em alavancar o desenvolvimento científico, tecnológico e social no Estado.
Além do representante da FAPEAM, participaram também do painel os professores doutores Adalberto Luiz Val (Inpa), Nilson Gabas Jr (Museu Paraense Emilio Goeldi), Fernando Franco (Universidade da Colômbia), além do coordenador do evento professor doutor, Henrique Pereira.
Após uma semana de intensas atividades que reuniram professores estudantes e pesquisadores, a reitora da Ufam, Márcia Perales, destacou a importância dos eventos para a inclusão social. “A ciência está vinculada a inclusão social. Todos têm direito a igualdade, meio ambiente e educação. Este é um desafio para as políticas públicas”. Enfatizou.
Durante o Seminário Internacional de Ciências do Ambiente e Sustentabilidade da Amazônia aconteceram mesas redondas, conferências, mini cursos e painéis com os mais variados temas: Causas e consequências das mudanças do clima na Amazônia: atualidades e perspectivas; A questão agrária na Amazônia; Conservação dos Recursos Naturais; Dinâmicas Socioambientais, entre outros. No mesmo período do evento aconteceu também a 1ª Mostra e Intercâmbio de Experiências em Educação Ambiental na Amazônia.
Os eventos contaram com o apoio da FAPEAM, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS).
Ciência no Amazonas
Entre as diversas ações da FAPEAM para o cumprimento da Agenda Científica do Século XXI para a Amazônia algumas destacam-se:
– A FAPEAM já investiu mais de R$ 206 milhões durante os sete anos de sua existência;
– Aproximadamente 76% do total de recursos disponibilizados foram destinados às maiores instituições de pesquisa do Estado (Inpa, Ufam, Fiocruz/Amazônia, CBA e FMTAM).
– Foram promovidas melhorias na infraestrutura de universidades e institutos de pesquisa por meio do Programa de Infraestrutura para o Desenvolvimento de Ciência & Tecnologia no Amazonas (Pinfra) com a viabilização de 28 projetos e investimentos na ordem de R$ 12,4 milhões.
– Captação de recursos a partir de parcerias com o MCT, CNPq, Finep; MS; MEC Capes. Na ordem de R$ 100 milhões, que, somados aos R$ 55 milhões investidos pela Fundação como contrapartida, configuram um cenário ímpar na história do Estado.
– Contribuição para a formação de aproximadamente 12 mil estudantes e pesquisadores.
– Concessão de 1.300 bolsas de mestrado, 500 de doutorado
– Formação de 800 mestres e 120 doutores titulados, entre outras.
Vanessa Leocádio e Ulysses Varela – Agência Fapeam