Palestra aborda o uso de novas tecnologias para auxiliar pesquisas na floresta amazônica


O Instituto mostrou as principais necessidades tecnológicas para atuar em parceria com os estudantes de Engenharia de Computação e Elétrica da Ufam em busca de novas soluções tecnológicas para pesquisa e monitoramento na Amazônia

Uso de novas tecnologias para auxiliar pesquisas na Amazônia

O uso de tecnologias da informação e comunicação para pesquisa científica sobre a biodiversidade, manejo e conservação dos recursos naturais da Amazônia foi colocada em pauta nesta quarta-feira (27) pelo diretor técnico-cientifico do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, João Valsecchi do Amaral, durante palestra na Escola Avançada de Sistemas Computacionais e Robóticos (Earth).

O evento conta com apoio do governo do Estado do Amazonas via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e é realizado pela Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Na ocasião, ele mostrou as linhas de pesquisas realizadas pelo Instituto Mamirauá na região e os desafios enfrentados no dia a dia, em campo, pelos pesquisadores na Amazônia.

João Valsecchi do Amaral - Dir. Téc. Cient. do Inst. de Desenv. Mamirauá - Foto Erico X-13

Instituto Mamirauá consegue levar internet a áreas remotas da Amazônia, acessar base e transmissão de dados de pesquisa para cidade com conjunto de torres de transmissão.

O Earth é voltado para questão de soluções tecnológicas para pesquisa e monitoramento. No evento, o diretor do Instituto Mamirauá mostrou as principais necessidades tecnológicas do Instituto, para atuar em parceria com os estudantes de Engenharia de Computação e Elétrica da Ufam em busca de novas soluções que possam facilitar o trabalho de pesquisadores.

“Nós temos esse lado da vivência de campo e trouxemos isso para mostrar o cenário de aplicação e pensar em possibilidades e desenvolvimento futuro”, disse o diretor técnico-cientifico do Instituto Mamirauá, João Valsecchi.

Ele disse que a tecnologia é algo muito presente no campo da pesquisa, na maioria das vezes usada de forma instrumental. Hoje, o Instituto de Pesquisa conta com um conjunto de torres de comunicação que atende cinco bases de campo e mais de 100 colaboradores.

Com isso, segundo ele, é possível levar internet a áreas remotas da Amazônia, acessar base e transmissão de dados de pesquisa para cidade, entre diversas formas de uso.

Atualmente, o Instituto Mamirauá possui 10 grupos de pesquisas que trabalham em diferentes áreas como agricultura amazônica, ecologia, biologia pesqueira, pesquisas com felinos e mamíferos aquáticos, organização social, entre outros. “São muitos projetos mantidos pela instituição. Com tudo uso de novas tecnologias conseguimos reduzir o tempo do pesquisador em campo, o custo das pesquisas ficarem menor também”, disse ele.

Parceria

Dr. em Engenharia Elétrica e Computação - Reginaldo Carvalho Foto Erico X-4

Segundo pesquisador Reginaldo Carvalho, há projetos que estão sendo realizados pensados no Instituto Mamirauá.

O doutor em engenharia elétrica e computação, Reginaldo Carvalho, responsável pela coordenação do evento, disse que já existem alguns projetos que estão sendo realizados pensados no Instituto Mamirauá.  Um deles é uma ilha de comunicação que fica no ar em forma balão, preso por um cabo no chão com mais ou menos a 80 metros de altura. Esse balão é equipado por câmeras e conjunto de sensores que irão à base do equipamento para poder ser feito sensoriamento remoto próximo ao chão.

“A parceria com o Instituto é incrível eles têm desafios que são interessantes. O primeiro que é manter a conexão rádio com o balanço natural do balão, outro é fazer com que esse balão fique meses no ar até mesmo anos com reposição. Não podemos trabalhar com uma torre, porque às vezes eles precisam de um local específico, então o balão permite isso, é movível, a torre não”, disse o pesquisador.

Durante a palestra, o coordenador do evento falou sobre apoio da Fapeam para andamento de projetos e de pesquisas científicas no estado.

“Todos os projetos são apoiados pela Fapeam, as viagens, as bolsas, equipamento, tudo está sendo possível graças ao aporte financeiro concedido pela Fundação. É nossa grande parceira em prol de levar tecnologia para meio da floresta”, disse o pesquisador Reginaldo Carvalho.

Esterffany Martins / Agência Fapeam

Fotos: Érico Xavier / Agência Fapeam

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