Parceria com FAPs aumenta em 200% o número de projetos brasileiros inscritos em programa da Fundação Gates


21/03/2014 – A parceria que a Fundação Bill & Melinda Gates estabeleceu com 17 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, em dezembro de 2011, foi fundamental para triplicar o número de projetos brasileiros submetidos em seu programa de financiamento Grand Challenges Explorations (GCE). Essa foi a conclusão apresentada por consultores da Fundação Gates na última reunião da CONFAP, realizada nesta semana no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte.

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Criado em 2008, o GCE é um programa que oferece financiamento de 100 mil dólares a ideias inovadoras e de impacto em saúde, agricultura e desenvolvimento. São duas chamadas globais por ano que apresentam cinco desafios aos candidatos. Os temas vão desde a criação de uma nova geração de preservativos ao desenvolvimento de medicamentos para atacar doenças tropicais negligenciadas. Qualquer pessoa pode se inscrever. Basta provar em duas páginas que o projeto apresenta uma solução criativa e de impacto para os desafios propostos.

Em dezembro de 2011, 17 FAPs assinaram um acordo com a Fundação para incentivar a participação de cientistas brasileiros no programa. Pela parceria, as FAPs se comprometeram a divulgar a iniciativa localmente e a conceder um aporte adicional de 50 mil a 100 mil dólares a cada um dos pesquisadores de seus estados contemplados no GCE.

Dois anos e meio depois, os resultados dessa parceria já são visíveis e mensuráveis. Desde dezembro de 2011, os brasileiros enviaram um total de 332 propostas, 60% a mais que nos três anos anteriores do programa.

A participação do Brasil aumentou a cada edição do Grand Challenges Explorations. Na rodada do GCE anterior ao acordo com as FAPs, o programa recebeu 47 projetos brasileiros. Na 11ª edição, realizada em março do ano passado, esse número subiu para 134, um aumento de quase 200% em relação a 2011. Não por acaso, a rodada 11 foi a que mais financiou pesquisadores brasileiros. Pela primeira vez, três deles (da UFV, Unesp e Fiocruz) foram contemplados numa única edição do Grand Challenges Explorations.Desde o início do GCE, seis cientistas do Brasil foram contemplados (veja os projetos financiados no quadro abaixo).

Segundo a Fundação Gates, o apoio das FAPs na divulgação do GCE em seus estados foi o que motivou amaior participação brasileira no programa. Apesar desse aumento, há ainda dois desafios a serem enfrentados pelos parceiros. Muitos dos projetos enviados estão fora do tema e, por isso,acabam não sendo financiados. Para reverter esse quadro, épreciso ampliar a compreensão dostemas e objetivos do GCE entre os pesquisadores de cada estado. Também é necessário nacionalizar o programa para incentivar propostas de todas as regiões brasileiras. Atualmente, mais da metade delas vêm das regiões Sudeste e Sul. Ultrapassar essas barreiras exige um esforço ainda maior de divulgação (veja dicas de como divulgar o programa no quadro abaixo).

O presidente da CONFAP, Sergio Gargioni, parabenizou as FAPs presentes na reunião pelo bom resultado e pediu que elas continuem engajadas na disseminação do GCE para transpor os desafios apresentados. “Os dados mostram que é fundamental que as FAPs continuem a divulgar ativamente essa iniciativa em seus estados”, afirmou Gargioni durante o evento em Belo Horizonte. “Além de financiar os cientistas de nossos estados, estamos contribuindo com soluções de impacto para graves problemas mundiais de saúde e desenvolvimento.”

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Fonte: Fapemig