Parceria entre FAPEAM e CNPq tem alavancado pesquisas no Amazonas
01/11/2012 – Para desenvolver pesquisas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) em áreas estratégicas, mas do que o anseio do pesquisador responsável e o apoio das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) são necessários recursos financeiros para que as equipes tenham condições mínimas de deslocamento e produção do material científico.
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É nesse contexto que se inserem as agências de fomento, pois estas asseguram a concretização de novos projetos na área científica. É o caso do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com papel estratégico no fomento e apoio a projetos de pesquisa em todo Brasil.
Atualmente, o CNPq apoia financeiramente 93,3 mil bolsas de pesquisa científica em todo o território nacional (dados de 2011) e até o final deste ano este número deve chegar a 100 mil bolsas. Destas, 43,8 mil foram destinadas a projetos na Região Norte, sendo 14,9 mil no Amazonas.
Importância do Plano Norte de CT&I
Durante a primeira reunião conjunta entre os secretários de CT&I e presidentes das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa da Região Norte para elaboração do Plano Norte de CT&I para os próximos 30 anos, o diretor de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do CNPq, Guilherme Melo, ressaltou a importância do aporte financeiro para os projetos de pesquisa.
Ele enalteceu a parceria firmada, desde 2003, com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), responsável pela maioria dos projetos de pesquisa com aporte financeiro do CNPq no período de 2011 a 2012. “A FAP do Amazonas tem executado um papel fundamental na produção do conhecimento científico para todo o Brasil e, por meio das pesquisas, tem dado uma lição de como utilizar a biodiversidade do bioma amazônico para o desenvolvimento econômico e novas descobertas”, ressaltou Melo.
A diretora-presidenta da FAPEAM, Maria Olívia Simão, também salientou a importância do aporte financeiro para realização de pesquisas científicas. De acordo com ela, os pesquisadores podem ter excelentes ideias, mas sem recursos elas acabam não saindo do campo do imaginário. “Podemos ter excelentes ideias, mas os recursos financeiros são fundamentais para que possamos pensar no tamanho de cada passo que podemos dar em cada fase do projeto”, esclareceu a diretora.
Maria Olívia também ressaltou a importância de pesquisas para alavancar o conhecimento científico e a inovação, principalmente em áreas estratégicas como a região amazônica. “Para o Brasil deixamos um legado que é desenvolvimento sustentável. Não iríamos conseguir concretizar isso com os modelos clássicos da economia. Para isso, é necessário uma massa crítica bem formada, que pense em novas soluções para aliar o desenvolvimento social e econômico à conservação da Floresta Amazônica e do bioma amazônia”, garantiu a diretora-presidenta da FAPEAM.
Parcerias CNPq e FAPEAM
Em 2011, o CNPq destinou R$ 609 milhões a Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) em todo Brasil. O Amazonas possui 6 institutos que receberam no mesmo período um total de R$ 35,4 milhões. Deste total, R$ 11,2 milhões são referentes a apoio capital, R$ 20,4 milhões foram destinados ao custeio e R$ 3,7 milhões foram empregados em bolsas de pesquisa.
“É preciso no mínimo quatro anos para a formação de recursos humanos. E para se desenvolver projetos de pesquisa em áreas estratégicas como na região amazônica e voltados para biodiversidade e biotecnologia é necessário um grande investimento financeiro”, ponderou Maria Olívia.
O diretor de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Guilherme Melo, ressaltou sete programas e oito modalidades de bolsas financiadas em 2010 por meio de parceria entre o Conselho e a FAPEAM.
O Programa Primeiros Projetos (PPP) teve um número expressivo de projetos aprovados como resultado da parceria entre o Conselho e a Fundação. No período de 2008 a 2010, 70 projetos de pesquisa estiveram em andamento com aporte financeiro de R$ 4,5 milhões, sendo R$ 3 milhões do CNPq e R$ 1,5 milhão oriundos da FAP.
No mesmo período, o CNPq e a FAPEAM também apoiaram financeiramente oito projetos de pesquisa por meio do Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex). Destes, seis receberam a quantia de R$ 6 milhões — R$ 4 milhões do Conselho e R$ 2 milhões da FAPEAM — para projetos diversos e dois específicos para pesquisas voltadas a malária, com aporte financeiro de R$ 987,6 mil.
Houve ainda investimentos da ordem de R$ 3 milhões no Programa de Apoio a Núcleos Emergentes (Pronem) para sete projetos de pesquisa, R$ 6 milhões ao Programa de Formação de Doutores em Áreas Estratégicas (PDAEST), R$ 1,5 milhão ao Programa de Apoio à Pesquisa em Biocombustíveis (Biocom) e R$ 200 mil ao Programa de Apoio à Popularização da Astronomia.
Saiba mais sobre o Pronem
Apoio por meio de bolsas
Além de apoiar financeiramente projetos de pesquisa, o CNPq em parceria com a FAPEAM apoiou ainda o financiamento de bolsas para projetos.
Entre eles estão seis projetos para o Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE), no qual o Conselho e a FAP financiam bolsas de pesquisas para que pesquisadores desenvolvam projetos dentro de empresas.
Foram ofertadas ainda 32 bolsas de mestrado e 13 bolsas de doutorado, além de 467 bolsas em seis instituições por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic); 6 bolsas em duas instituições pelo Pibic Ações Afirmativas, 60 bolsas em duas instituições no Pibic Ensino Médio e 26 bolsas em três instituições por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).
“Por meio dos programas já financiados e do Ciência Sem Fronteiras, por exemplo, poderemos desenvolver ainda mais o potencial da região Amazônica, basta que as FAPs sejam o caminho para o envio dos projetos e solicitação de bolsas”, esclareceu o representante do CNPq, Guilherme Melo.
Camila Carvalho – Agência FAPEAM