Parceria internacional reforça gama de pesquisas
Coordenado pelo Núcleo de Meteorologia e Hidrologia do Centro de Estudos Superiores do Trópico Úmido da UEA e executado por meio de parcerias com a Petrobras, Sipam, Inpa (LBA), IRD (França), o Programa de Hidrologia Espacial da Amazônia significa, segundo a reitora Marilene Corrêa, um estudo aprofundado da dinâmica das águas em grandes bacias hidrográficas. “É a possibilidade de uma nova leitura, uma oportunidade de a Amazônia se conhecer e dar-se a conhecer com profundidade, utilizando parcerias de alto nível e adicionando modernas tecnologias ao conhecimento acumulado dos saberes tradicionais”, analisa a reitora.
Outra linha de pesquisas diz respeito ao conhecimento dos processos de transporte de matéria sólida em suspensão nas águas do Solimões/Amazonas, já que os sedimentos são importantes carreadores de diversas substâncias tóxicas ou não, além de serem importantes no processo de assoreamento dos rios.
Com a Eletronorte e a UFAM, os estudos buscam um método de monitoramento de reservatórios, como no caso do de Balbina, onde se vem buscando entender o funcionamento da técnica de modo a possibilitar o uso do programa no sentido da avaliação técnica de novos projetos de geração de energia hidrelétrica.
Em relação às pesquisas sobre doenças de veiculação hídrica, a colaboração com o INPA deve significar um monitoramento mais acurado da ocorrência de malária, doença sobre a qual o instituto detém larga experiência científica. Nessa área entram como parceiros, ainda, a UFAM e a PETROBRAS através do Projeto PIATAM, que tem tradição nas pesquisas sobre a ecologia da várzea.
Em relação ao setor pesqueiro, o programa pode contribuir para estabelecer relações entre o ciclo das águas, períodos de desova e a diversidade de espécies em diferentes rios da região.
Fechando o elo de uma rede internacional de observação hídrica na Amazônia, o programa da UEA associou-se ao ORE/Hybam, um grande programa internacional de monitoramento ambiental composto pela França (Guiana Francesa), Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela e Equador. O programa conta com o apoio do PNUMA, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, onde participa do Global Environmental Monitoring System (Sistema Global de monitoramento ambiental). O Brasil terá a única base instalada na região foco dos estudos.