PCE reduz abandono escolar e fomenta vaga em ensino superior
De acordo com resultados apresentados hoje (17), programa está facilitando aquisição de conhecimento no Estado
O Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), desenvolvido em parceria com as Secretarias de Educação Estadual e Municipal (Seduc e Semed), está contribuindo de forma decisiva na formação profissional e acadêmica dos alunos amazonenses. Segundo dados divulgados hoje (17), no Seminário de Avaliação Final do Programa, realizado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), um importante contingente de estudantes que participaram do PCE está conseguindo ultrapassar suas metas pessoais de crescimento científico, o que os deixa a um passo de pleitear uma sólida carreira profissional.
Conforme o professor José Braz Silva, docente da Escola Estadual Deputado Vidal de Mendonça e coordenador do Projeto “Água, Corrente da Vida”, sediado no município de Itacoatiara (a 310 km de Manaus), o aluno Magno da Silva Macedo, 17, foi um dos mais efetivos membros da atividade que coordena. “Ele soube aproveitar e, agora, em pleno fim da adolescência, já foi aprovado para cursar administração na Universidade do Estado do Amazonas (UEA) de Parintins”, avaliou. Na opinião de Macedo, o projeto teve forte influência em sua formação. “Aprendi que se deve ter respeito e consciência com o uso da água, e isso me motivou a estudar cada vez mais para o vestibular”, disse o calouro.
No caso da professora Alberlanes Costa, docente da Escola Estadual Mirtes Rosa Lima, também de Itacoatiara, para ela é motivador observar os estudantes avançando na sua carreira acadêmica. “Nós, como tutores dos projetos, sentimos orgulho disso. Uma das minhas alunas do projeto ‘Ver para Crer’, a Daiana Katleen, irá cursar ciências da computação em Manaus. Ela tem 18 anos e já foi aprovada em sua primeira seleção no ensino superior”, contou a professora.
Para a estudante, participar do PCE significou um incentivo essencial para dar seguimento aos estudos em nível superior. “Eu me limitava à minha realidade e o projeto me ajudou a ultrapassar as barreiras pessoais que uma pessoa do interior do Estado enfrenta. Agora estou ansiosa para mudar para Manaus e cursar a faculdade”, afirmou ela.
Conforme o diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena — que acompanhou o evento na Ufam —, a sensação é de dever cumprido nas primeiras duas edições do Programa. “O retorno é tão visível que fico simplesmente impressionado. Antes, morar no interior era um problema para quem queria estudar. Hoje, o Estado dá condições para que as pessoas elevem sua formação”, enfatizou ele, que acompanhou durante toda a manhã de hoje os seminários de apresentação de resultados, ocorridos no Instituto de Ciências Humanas e Letras da Ufam.
Renan Albuquerque – Agência Fapeam