Pesquisa aborda a influência de festas populares na vida dos amazonenses


18/01/2013 – A floresta amazônica ocupa aproximadamente 60% de todo o território brasileiro. É rica em biodiversidade, possui uma fauna que corresponde a 80% das espécies no Brasil e uma flora que contem de 10% a 20% das espécies vegetais do planeta.

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Mas, além de toda essa importância ambiental, a Amazônia é também um celeiro cultural. Afinal, a cultura local é considerada fruto da influência de vários povos, como o europeu, africano e o indígena.

É em meio a essa diversidade que surge o mito amazônico, consequência de um imaginário unificador e repleto de personagens figurativas. Assim, o ribeirinho materializa a vida da própria natureza, cria seu mundo diante do mundo físico que já encontrou construído. Surgindo com isso várias festas populares para enaltecer e engradecer esses mitos e crenças populares.

Pensando nesse universo do ribeirinho, o aluno do Curso de Informática, do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), de Coari, Renan Lima, elaborou o projeto ‘Festas populares e significação simbólica nas memórias e nas maneiras de ler o mundo’. O trabalho conta com a orientação do professor de História do Ifam, Nilton Paulo Ponciano.

O objetivo do projeto é analisar a Festa de São Sebastião do município de Coari, localizado a 363 quilômetros a oeste de Manaus. E, com isso, verificar a influência que a musicalidade, a culinária e a religiosidade exercem na população local.

“O projeto teve início em janeiro de 2012. Nós acompanhamos todo o novenário de São Sebastião. Para isso, cumprimos três etapas: filmagem, entrevistas e diário de campo. Depois disso, começamos a elaborar o texto”, disse Nilton.

Valorização da cultura cabocla

Para o professor, o projeto cumpre papel de valorização da cultura cabocla e sua autoafirmação. “O que nós vemos por aí, é uma supervalorização do que vem de fora. E ao assumir essa outra cultura que não tem nada a ver com sua realidade, o ribeirinho, o caboclo, o amazônida, deixa de se valorizar como sujeito. Esse trabalho permite uma maior visibilidade à nossa cultura popular, já que ela atinge todas as esferas sociais”.

Em fase de conclusão, o projeto será enviado para revisão na PUC, do Rio de Janeiro. Mas, as atividades sobre a cultura amazônica não param por aí. De acordo com Nilton Ponciano, o próximo estudo deve ser direcionado para a alimentação local.

Fonte: Danyelle Soares – Ciência em Pauta

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