Pesquisa da Fiocruz Amazônia com apoio da Fapeam, no Lago do Limão, em Iranduba, entra na segunda fase


O estudo tem como objetivo fazer uma avaliação microbiológica da água, do solo e da poeira das casas dos moradores para investigar possíveis doenças que estejam atingindo a região

 Pesquisa da Fiocruz Amazônia com apoio da Fapeam, no Lago do Limão, em Iranduba, entra na segunda fase

Sob a coordenação da pesquisadora do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Ormezinda Fernandes, o projeto “Aspectos Socioambientais, Epidemiológicos e Avaliação Microbiológica de Amostras Clínicas e Ambientais na comunidade rural do Limão”, localizado no município de Iranduba, entra em sua segunda fase neste ano.

A previsão é que o grupo de pesquisadores retorne ao Lago do Limão no período de 18 a 25 deste mês para intensificar a coleta de água por conta da sazonalidade da estação climática: períodos de seca e enchente que atingem a região. Além disso, o grupo pesquisa as alterações microbiológicas da área associadas ao largo crescimento imobiliário que Iranduba e adjacências têm vivido nos últimos quatro anos, desde que a ponte Rio Negro foi inaugurada.

A pesquisa conta com aporte financeiro do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) por meio do Programa de Excelência em Pesquisa Básica e Aplicada em Saúde e desenvolvida por pesquisadores do ILMD/Fiocruz Amazônia por meio do Laboratório Diversidade Microbiana da Amazônia de Importância para a Saúde (Ldmais) da instituição.

O projeto de pesquisa tem como finalidade fazer uma avaliação microbiológica da água, do solo e da poeira das casas dos moradores da comunidade, de forma a investigar possíveis doenças que estejam atingindo aquela região.

Resultados

Pesquisa da Fiocruz Amazônia com apoio da Fapeam, no Lago do Limão, em Iranduba, entra na segunda fase

O relatório parcial aponta a presença de microrganismos na água e solo, entre os quais fungos que podem vir a causar doenças. (Foto: Érico Xavier / Ag. Fapeam)

Os resultados preliminares já observados em um relatório parcial refletem a ausência de saneamento básico adequado da região estudada, disse a pesquisadora.

“Desta forma, recomendamos a implementação de ações como tratamento, controle e prevenção, visando a promoção da saúde para a população em questão”, disse Ormezinda Fernandes.

Segundo ela, o relatório parcial aponta a presença de microrganismos na água e solo, entre os quais fungos que podem vir a causar doenças.

“Encontramos presença de fungos na água, o que não é muito comum. Detectamos ainda algumas parasitoses presentes no solo e nas fezes. Nosso projeto abriga as três linhas do laboratório, que são bactérias, fungos e parasitas e queremos trabalhar com a questão da saúde e ambiente daquele lugar”, disse.

Ainda neste ano, a equipe de trabalho vai dar início à análise dos dados preliminares já coletados para basear a conclusão da pesquisa, com o relatório final no próximo ano. A pesquisa iniciou em novembro de 201, se encerra em outubro de 2017 e envolve sete pesquisadores do ILMD/Fiocruz Amazônia, oito bolsistas Pibic e dois alunos de mestrado.

No Lago do Limão, vivem 2,5 mil pessoas e a maioria está assentada na Vila do Limão e outros em ramais que compõem aquela localidade. A principal fonte de renda dos moradores é a agricultura e piscicultura.

Fonte: Fiocruz

Foto destaque: ALE-AM

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