Pesquisa estuda registros de passado geológico da Amazônia


21/03/2011 – O município de Presidente Figueiredo (AM), localizado a 117 km ao norte de Manaus, é conhecido por abrigar belezas naturais como cachoeiras, corredeiras, grutas e cavernas, além de exuberantes flora e fauna, que inclusive já estão incorporadas às atividades turísticas do local.

 

Mas além de tudo isso, a região também conta com registros de um passado geológico fascinante e ainda pouco estudado, que apresenta atividades vulcânicas e falhas geológicas e que, segundo estudiosos, teria definido a formação de cachoeiras.

 

Esses registros geológicos impulsionaram atividades de ensino e pesquisa na área do município de Presidente Figueiredo, por meio do Departamento de Geociências da Universidade Federal do Amazonas (DEGEO-UFAM) e a implantação do Programa de Pós-Graduação em Geociências, a partir do ano de 2000.

 

Pesquisa

 

/Com o objetivo de auxiliar o entendimento da evolução geológica da região, a doutora em Geociências pela Universidade Federal de Pernambuco (Ufpe), Rielva Solimairy Campelo do Nascimento finalizou recentemente o projeto ‘Aspectos geoquímicos, isotópicos e susceptibilidade magnética das rochas granitóides e diques básicos na região Presidente Figueiredo’, que, em linha gerais, visa  estudar a sensibilidade magnética e a química das rochas aflorantes entre os quilômetros 151 e 157 da BR-174.

 

“O estudo destas rochas se torna importante, porque além de serem utilizadas como brita na construção civil, apresentam uma importante mineralogia sulfetada, que necessita ser mais estudada”, explicou Campelo.

 

O trabalho foi elaborado para direcionar discentes dos cursos de Geologia e de Pós-Graduação em Geociências da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). “Dentre os diferentes focos da pesquisa, destacam-se a caracterização do evento vulcânico, ocorrido na porção oriental do município, bem como a caracterização geoquímica das rochas aflorantes que podem ser vistas na superfície dos quilômetros 151 e 157 da BR-174, onde estão instaladas muitas das pedreiras”, destacou a pesquisadora.

 

Por meio do projeto, foi possível verificar a atuação importante de um evento hidrotermal (um dos principais processos atuantes na formação de depósitos minerais), que está sendo estudado por uma dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Geociências da Ufam.

 

Financiamento PIPT

 

O Projeto contou com o aporte de R$ 22,5 mil, por meio do Programa Integrado de Pesquisa e Inovação Tecnológica (Pipt), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). O programa apoia, com auxílio-pesquisa e bolsas, mestres e doutores vinculados a instituições públicas e privadas sem fins lucrativos interessados em realizar pesquisas científicas e tecnológicas no Amazonas.

 

Ainda por meio do projeto, foram financiados dois trabalhos de iniciação científica e um trabalho final de graduação, todos com discentes do curso de Geologia da Ufam, além de estar sendo desenvolvida uma dissertação de mestrado relacionada também à pesquisa.

 

“A iniciativa da FAPEAM em financiar projetos de pesquisa de pequeno porte é extremamente importante para os pesquisadores recém chegados ao Estado do Amazonas. Por meio do Programa de Infraestrutura para Jovens Pesquisadores – Programa Primeiros Projetos (PPP) é possível montar uma infraestrutura básica para o desenvolvimento de pesquisas, e com o Pipt é possível desenvolver pesquisas na região”, finalizou.

 

Redação: Dalva Berquet

Edição: Ulysses Varela – Agência FAPEAM

Deixe um novo comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *