Pesquisa utiliza resíduos de pirarucu para enriquecer alimentos com baixo teor de proteína


Hidrolisado5FotoFlaviaPaivasiteCarcaças de pirarucu (arapaima gigas) são matérias-primas utilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) para a elaboração de uma substância líquida capaz de enriquecer alimentos com baixo teor proteico, como pães e biscoitos, além de ajudar na produção de outros alimentos especiais para pessoas alérgicas a proteínas do leite.

A substância é o “hidrolisado proteico de pirarucu” desenvolvido no Laboratório de Química e Fisioquímica do Inpa em parceria com o Laboratório de Micologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook

Segundo o pesquisador do Inpa, o doutor em Ciência de Alimentos e líder da área de tecnologia de alimentos do Instituto, Rogerio Souza de Jesus, os hidrolisados proteicos são resultados da hidrólise (quebra) das proteínas que podem apresentar propriedades funcionais úteis para a indústria alimentícia.

Para o pesquisador, a produção de hidrolisado proteico de pescado destaca-se como alternativa de aproveitamento dos resíduos sólidos provenientes da indústria pesqueira. “Esses resíduos são uma matéria-prima de alta qualidade biológica, gerando produtos que podem atingir um conteúdo proteico de até 90% com propriedades funcionais das proteínas do pescado intensificadas”, diz.

O estudo desenvolvido no Inpa foi a dissertação para obtenção do título de Mestre em Ciência de Alimentos de Flavia de Carvalho Paiva, orientada por Rogerio Souza de Jesus e coorientada pela doutora em Biotecnologia e Professora Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Larissa de Souza Kirsch. O trabalho foi publicado recentemente na revista Pesquisa Agropecuária Tropical, em parceria com outros autores.

O pedido de patente do hidrolisado de proteína de peixe já foi depositado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e está à disposição dos empreendedores para a produção e comercialização no mercado.

 

FONTE: Inpa, Por Luciete Pedrosa

Foto: Flavia de Carvalho Paiva – Acervo da pesquisadora

Deixe um novo comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *