Pesquisador apresenta resultados de experimento sobre o impacto da poluição urbana de Manaus na floresta amazônica


“Experimento GoAmazon/LBA – Resultados e perspectivas futuras”, o qual conta com financiamento do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), é o tema do seminário a ser realizado na sexta-feira (06), no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). A palestra será ministrada pelo professor doutor, Paulo Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador Programa de Grande-Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA).

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O evento é aberto ao público e começa às 14h, no auditório LBA- Inpa, Campus II, na avenida André Araújo, 2936, no Aleixo, zona sul de Manaus.

O experimento GoAmazon/LBA foi projetado para avaliar o impacto da poluição urbana de Manaus na floresta amazônica em seu entorno. Uma série de estações de monitoramento atmosférico está sendo operada antes e depois da pluma de Manaus, e fornecerá por dois anos um grande número de observações atmosféricas.

Estas observações irão complementar aquelas coletadas por dois aviões nos experimentos Iara e Acridicon, que analisaram os efeitos da pluma de Manaus em larga escala. As emissões urbanas de Manaus alteram a química da atmosfera, favorecendo a produção de ozônio e aerossóis secundários.

Segundo a gerente científica do LBA, Muriel Saragoussi, a ideia é que sempre que um pesquisador do Programa estiver em Manaus, apresente por meio de palestra e curso o trabalho desenvolvido. “Esperamos que todos os pesquisadores, não apenas do Inpa, se animem a conhecer mais sobre o trabalho do LBA”, contou.

NOVO SITE

O LBA inaugurou na segunda-feira (02), a nova plataforma de seu site. Atualizado para fase dois, o site permitirá a interação dos pesquisadores entre si. Segundo Muriel, agora será possível a consulta de relatórios de projetos, agendas de idas a campo, assim como a parte financeira também, conforme a regra do Governo Federal, de transparência.

“Quem acessar o novo site poderá ver também dados coletados das torres pelos pesquisadores. Alunos da área poderão colher essas e outras informações geradas pela LBA, assim como dados de controle de qualidade”, explicou Saragoussi.

A nova plataforma do site tem como objetivo a ampla comunicação com seu público alvo, que são pesquisadores e alunos. “Vamos mostrar o que é o LBA, o que faz e para quem faz, dessa forma pretendemos atrair novos pesquisadores de todo o mundo”, concluiu a gerente.

SOBRE O LBA

Em setembro de 2007, de experimento que era o LBA tornou-se um programa de Governo, renovando a agenda de pesquisas iniciada em 1998, quando era mantido por acordos de cooperação internacional. O Programa, sob a coordenação cientifica do Inpa, é uma das maiores experiências científicas do mundo na área ambiental: soma 156 projetos de pesquisa (100 deles já finalizados), desenvolvidos por 281 instituições nacionais e estrangeiras. A publicação dos resultados de pesquisa faz parte da história de sucesso do LBA.

Durante os primeiros 10 anos de existência (1998-2007), o LBA foi gerenciado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pelo Inpa, tendo a Nasa e outras instituições dos Estados Unidos e Europa como parceiros. Eles cobriram cerca de metade dos US$100 milhões investidos neste período.

Hoje, transformado em programa governamental, o LBA conta com recursos brasileiros previstos do Plano Plurianual (PPA) que garantem a manutenção de sua infraestrutura básica. A missão agora é buscar outras fontes de financiamento para continuar ampliando as pesquisas.

 

 

Fonte: Inpa

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