Pesquisadora purifica enzima usada em amaciantes de carnes e couros


 

Natal (RN) 28/07/2010 – Pesquisa realizada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), com financiamento da FAPEAM, conseguiu purificar as enzimas de protease presentes no látex. As enzimas são utilizadas para quebrar as ligações peptídicas entre os aminoácidos das proteínas. É um processo comum de ativação ou inativação na digestão e na coagulação sanguínea. O sistema de purificação poderá ser usado em coagulantes de queijo, amaciante de carnes e couros, e produtos de limpeza, como os detergentes.     

 

As informações fazem parte da pesquisa de Rosana Antunes Palheta, doutora em Diversidade Biológica, e serão apresentadas na próxima sexta-feira (30) na 62ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O encontro acontece no campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN), em Natal.  

Apoio

 Ela explicou que a pesquisa foi desenvolvida com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) por meio do Programa de Apoio à Pós-Graduação Stricto Sensu – Posgrad. Além disso, a pesquisadora também recebeu passagens aéreas do Programa de Apoio à Participação em Eventos Científicos (Pape/Fapeam) para apresentar o trabalho em Natal. O projeto iniciou em 2007 e foi concluído em maio de 2010.

“O objetivo do trabalho foi testar um sistema de pré-purificação de enzimas que utilizasse polímero e sais de fosfato. Existem outros sistemas de purificação, por exemplo, o de colunas (filtros) que concentram as enzimas, porém são mais caros. O resultado é a elevação do preço do produto final”, informou.  

 

Segundo ela, o problema da pesquisa foi que durante o processo de purificação foram selecionadas várias enzimas e não somente a que ajuda na coagulação do queijo, que era o objetivo do trabalho. “Não obtivemos 100%, mas o resultado foi satisfatório. Quando a enzima é pura o rendimento do processo é melhor e o valor de mercado se torna maior”, salientou. 

 

Os testes foram feitos em laboratório e os resultados, conforme Palheta, demonstraram que qualquer pessoa pode executar o processo. Ela pontuou que a pessoa precisa apenas ter o polímero e os sais de fosfato.

 

Luís Mansuêto – Agência Fapeam

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