Pesquisadores debatem o uso de plantas medicinais e a viabilidade de hospital de medicina alternativa em Manaus
‘Plantas medicinais’ foi o tema da 37ª reunião do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA), nesta quarta-feira (16). O tema foi discutido por um dos maiores especialistas da área na Amazônia, Juan Revilla, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Revilla falou, dentre outros assuntos, sobre a ideia de implantação de um hospital de medicina alternativa em Manaus mantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Normalmente, as pessoas que são acometidas de doenças procuram a medicina alopática e começam o tratamento. Quando percebem que não está dando certo, saem atrás de pessoas ou de feiras procurando plantas para se curarem”, diz o pesquisador.
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Revilla conta que, em muitos casos, a maioria das pessoas prefere tomar medicamentos naturais ao invés dos alopáticos (convencionais). “E para poder administrar esta demanda, o ideal é que tivesse um local apropriado onde as pessoas pudessem ter uma orientação e medicamentos adequados para cada tratamento”, explicou o pesquisador.
Segundo Revilla, que é doutor em Botânica Econômica, a necessidade de se ter um hospital no mesmo modelo do Hospital de Medicina Alternativa (HMA) de Goiânia, é importante, principalmente, para o tratamento de pessoas que não estão obtendo sucesso com a medicina alopática. “Com esse hospital, os pacientes teriam a oportunidade de se tratar com a medicina alternativa e com isso superar um problema que os afligem”.
O assunto foi tema de discussão na Câmara Municipal de Manaus, no último mês de agosto, quando a coordenadora de Ensino e Pesquisa do HMA, Mara Rubia Ferreira, esteve na capital amazonense para falar da experiência do hospital que é mantido pelo SUS. Desde 2006, a medicina alternativa, também chamada de complementar ou tradicional, é uma política do Ministério da Saúde. Na ocasião, o assunto foi encaminhado para a Prefeitura de Manaus para estudar a viabilidade de se implantar um hospital desse tipo em Manaus.
Revilla explica que o hospital de medicina alternativa de Manaus funcionaria nos mesmos moldes de uma de unidade básica de saúde, com uma equipe de profissionais de saúde capacitados (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem) e que tivessem afinidades com esse tipo de medicina para cuidar dos pacientes. Também contaria com uma farmácia para a dispensação dos medicamentos naturais.
Em novembro acontecerá um workshop, no Auditório da Ciência, onde especialistas de diversas instituições do Brasil e do exterior discutirão a proposta de implantar o hospital de medicina alternativa de Manaus.
FONTE: Inpa