Pesquisas ganham reforço de laboratórios e infraestrutura no Inpa


07/12/2010 – Nesta terça-feira (7/12), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) realizou a solenidade de inauguração de suas novas instalações: o Auditório da Ciência; o novo prédio da diretoria do Instituto; o Laboratório de Microcosmos e o Clean Lab, ambos no Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular (LEEM) e a estrada de acesso às dependências físicas da Reserva Florestal Adolpho Ducke. As quatro obras fecham o ciclo de 76 obras realizadas nos últimos anos.

O evento contou com a presença do ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, do titular da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e diretor-presidente da FAPEAM, Odenildo Sena, e do diretor do Inpa, Adalberto Val, além de pesquisadores e representantes de instituições locais.

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/auos3.jpgDurante a solenidade, Rezende demonstrou satisfação em presenciar a inauguração de várias instalações, que, na opinião dele, contribuem para dar ao Inpa um papel maior nesse grande desafio, de importância para a Amazônia, para o Brasil e para o mundo todo. "O Inpa há 56 anos instalou-se aqui e vem trabalhando para fazer com que o Brasil domine conhecimentos, mas esse processo tem sido relativamente lento, por isso estou muito satisfeito de ver a aceleração desse processo nos últimos anos e o Inpa tem uma contribuição muito grande", disse.

Papel da FAPEAM no cenário regional

O ministro falou ainda sobre o crescimento de investimentos de C&T no Amazonas, ressaltando o papel do sistema estadual de ciência e tecnologia, em que a FAPEAM teve uma atuação exemplar na região.

"A FAPEAM começou a fazer uma coisa que eu vejo como exemplo para outras regiões que precisam atrair gente. A cada bolsa que o Governo Federal dava para pesquisadores virem para a Amazônia, o Estado complementava a bolsa, para que isso fosse um atrativo, por razões compreensíveis, pois o valor das bolsas Federais em todo Brasil é o mesmo, é único, assim como salário mínimo", disse, destacando que numa região que precisa fazer um esforço pra trazer recursos humanos, é preciso então ter um atrativo a mais do que apenas o desafio de se deslocar.

No mesmo sentido, o diretor do Inpa, Adalberto Val, ressaltou a importância estratégica da FAP na ampliação da infraestrutura do Inpa. "A FAPEAM é uma parceira fundamental, dentro desse contexto que estamos tendo hoje, na Amazônia. O papel das fundações estaduais é extremamente importante, não só no Estado do Amazonas, pois a FAPEAM teve um papel irradiador e importante dentro da Amazônia, para que pudéssemos criar essas condições e não deixar a Amazônia à margem desse crescimento que a gente está vivendo em termos de ciência e tecnologia no Brasil e no mundo’’, afirmou Val. 

Nova cartografia da ciência

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/auditorio.jpgDurante a solenidade, o titular da Sect e FAPEAM, Odenildo Sena, disse que esse momento é uma demonstração de uma política de desconcentração de recursos voltados para ciência no país. Segundo ele, baseado em dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, com destaque para esta última, registraram um avanço nunca antes visto no campo da ciência.Trata-se de uma nova cartografia da ciência no país.

"Particularmente no que tange à região Norte, nós ficamos à frente em todos os itens, assim como o Estado do Amazonas ficou à frente em todos os itens também. No incremento de números de instituições de ensino e pesquisa, no incremento de grupos de pesquisa, no que tange ao número de mestres e doutores, o Amazonas disputou com a Bahia", disse, informando que o Amazonas cresceu 146% em relação ao número de doutores, ficando no cenário nacional apenas atrás da Bahia que cresceu 202%.

"Hoje posso dizer que se produz ciência no Brasil. No entanto, não podemos parar por aqui, pois ainda é muito pouco pelo tempo que se deixou de dar atenção exclusiva e prioritária às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste", declarou.

Sena falou ainda que a atuação das FAPs, que hoje são 24 no país, foi fundamental para alavancar a área de ciência e tecnologia no país. "Hoje a gente pode dizer com todo orgulho e toda convicção de que não há nenhuma instituição de ensino e pesquisa neste Estado que não conte com a presença da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas", afirmou.

Infraestrutura do Inpa

Nos últimos quatro anos, foram destinados recursos de R$ 280 milhões, com apoio da FAPEAM, Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Petrobras, Suframa, Capes e verbas de emendas parlamentares. Com esses recursos foi possível ampliar e modernizar a infraestrutura de pesquisa do instituto. Confira a seguir detalhes sobre as obras:

1) Reforma do prédio da diretoria do Inpa: Prédio foi projetado com o objetivo de atender a necessidade de espaços para a diretoria. A obra possui área total de 1 mil metros quadrados, executada com recursos do Projeto Grandes Vultos do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão.

2) Adaptação de estruturas dos Laboratórios Microcosmos e Clean Lab: Trata-se de uma adaptação física de espaço pré-existente para a implantação de quatro laboratórios microcosmos nos quais serão reproduzidos os cenários previstos pelo Painel Internacional de Mudanças Climáticas para o ano de 2100. As pesquisas desenvolvidas nos laboratórios fazem parte do Centro de Estudos de Adaptações da Biota Aquática da Amazônia (INCT-Adapta), que conta com recursos da ordem de R$ 7 milhões da FAPEAM e CNPq.

3) Auditório da Ciência: O prédio do Auditório da Ciência do Inpa, com área de 350 metros quadrados, possui capacidade para 154 pessoas na plateia e foi executado com recursos da Finep, tendo como interveniente a Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera.

4) Estrada de acesso às dependências físicas da Reserva Florestal Adolpho Ducke: A terraplenagem e pavimentação da Estrada, com extensão de 2,5 km, foi executada com recursos do Projeto Grandes Vultos, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

 Cristiane Barbosa e Anamaria Leventi – Agência FAPEAM

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