Prêmio FAPEAM de Jornalismo Científico 2015: “Este é o primeiro ano que me inscrevo para concorrer ao prêmio”
A sete dias para a entrega do prêmio FAPEAM de Jornalismo Científico, a série de entrevistas com os indicados ao prêmio continua. Hoje, o jornalista Leandro Tapajós fala a nossa agência de noticias.
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Com doze anos de experiência na área, atuando como repórter, redator, editor, assessor e coordenador, Leandro Tapajós descreveu algumas de suas atividades na área. “Iniciei em um site de entretenimento, passei por revistas, pelo extinto jornal O Estado do Amazonas e A Crítica, fiz assessoria de imprensa da Junta Comercial do Estado (Jucea) e de alguns artistas. Trabalhei com comunicação institucional e organização de eventos no UniNorte/Laureate, atuei em programas independentes de TV e hoje sou editor do Portal G1”, disse.
Tapajós disse que esta é a primeira vez que concorre ao prêmio FAPEAM e destaca o quanto é estimulante participar de uma homenagem como essa. “Imagine alguém que sabe cozinhar muito bem, daí imagine essa pessoa fazendo todos os dias um saboroso prato de feijão com arroz. Haverá dias nos quais esse cozinheiro vai querer se dedicar a
pratos diferentes, especiais, mais requintados ou com novos sabores. Fazendo a devida analogia, a maioria dos jornalistas muitas vezes fica no `feijão com arroz`, leia-se o factual, todos os dias. Mas, sempre que podemos, a gente tenta, e gosta, de se debruçar sobre algo mais trabalhado. O prêmio é importante por esse motivo. Ele nos estimula a produzir matérias com ingredientes novos, que podem agradar o público”, relatou.
Com relação à matéria ‘Primata encontrado só no Amazonas pode desaparecer, alertam pesquisadores’, Leandro afirma que “foi realmente feita com muito carinho. Demorou alguns meses para ficar pronta. Ela aborda dois problemas: o crescimento urbano desordenado no Amazonas e o perigo dos sauins de coleira serem extintos. Eles só existem aqui e é nosso dever preservá-los. Posso dizer que tive dois objetivos ao escrever a matéria. Primeiro, dar visibilidade ao primata ameaçado para ajudar a protegê-lo e, segundo, alertar o poder público sobre os impactos do desmatamento e avanço da urbanização sobre a floresta. Como a matéria teve um destaque nacional, nas homes do G1 e Globo.com, acredito que ela tenha chegado até algumas pessoas importantes. Algumas ações foram anunciadas pelo poder público após a veiculação da reportagem”, ressaltou.
Leandro destacou as possibilidades que o prêmio FAPEAM agrega a sua profissão. “Espero continuar conseguindo produzir bastante. Embora atue como editor, tenho paixão pela rua, pelas viagens, pelo conversar com os personagens, olhando no olho. Por isso, sempre que posso me dedico e tento atuar como repórter. Espero concluir algumas pautas que estão em andamento. Esse prêmio é um estímulo. Profissionalmente é uma espécie de reconhecimento que me agrada, mas não me envaidece. Ele serve para que eu queira fazer mais e melhores reportagens e, quem sabe, concorrer novamente nos próximos anos”, finalizou.
Leia a matéria ‘Primata encontrado só no Amazonas pode desaparecer, alertam pesquisadores’ aqui.
Maxcilene Azevedo- Agência FAPEAM