Professor desempenha papel fundamental na educação
15/10/2012 – “Ao mestre com carinho”, este é o sentimento no dia em que todos se voltam para homenagear um dos profissionais mais antigos e mais importantes na formação do cidadão, desde as séries iniciais. O professor é aquele que, com todo o avanço tecnológico na sociedade contemporânea, ainda é a peça mestra no processo de educar, transmitir valores positivos e ajudar o educando a tomar consciência de si, dos outros e da sociedade em que vive.
A sociedade contemporânea, onde o mercado apresenta um novo perfil do professor como educador, exige dele a capacidade de pensar e agir de maneira mais dinâmica e eficaz, estando em constante aperfeiçoamento pessoal e profissional. Nesse contexto, a formação do aluno pesquisador surge como estratégia de formação do cidadão crítico, reflexivo e dinâmico, capacitado intelectualmente e profissionalmente para que possa atender às necessidades e às exigências do mercado.
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Segundo a professora da Escola Estadual Professor Samuel Benchimol e coordenadora do projeto do PCE: ‘Química com prazer na escola: A reciclagem do óleo de cozinha na produção de sabão’, Maria Madalena Ferreira, para a formação deste novo aluno, crítico e reflexivo, o professor precisa acima de tudo atuar de forma crítica, ser um professor dotado de capacidades, capaz de instigar o pensamento crítico no aluno e, “para isso, o educador deve pesquisar e construir o conhecimento, atuando como intelectual transformador”, comentou.
Para a professora, as crianças das séries iniciais são seres pensantes, que ao se deparar com um professor-pesquisador em sua frente, percebem o brilho em seus olhos. Para Ferreira, o pesquisador não encontra barreiras para inserir um aluno no mundo da pesquisa, seja ele de séries iniciais ou das séries finais. O que deve ser feito é ensinar com prazer e fundamentação com o domínio do conteúdo e boas estratégias.
A professora destacou sua experiência de quando seus alunos passaram a se envolver com a pesquisa por meio do projeto ‘Química com prazer na escola’. “Eles começaram a buscar mais conhecimentos, aprenderam a ser mais prudentes e críticos e passaram a cobrar mais do professor em sala de aula. Entendo que ao produzir o meu próprio conhecimento, torno-me capaz de pensar e inovar. Para inovar, é preciso conhecer e só tem condições de conhecer este mundo de produção do conhecimento quem aprende por mãos e ideias próprias. Acredito que o professor só formará alunos como cidadãos críticos, se ambos conseguirem desenvolver a capacidade de reflexão”, sugeriu a professora.
Para o estudante e finalista do Ensino Médio da Escola Escola Estadual Professor Samuel Benchimol e também participante do projeto, Marcos Andrade Vinhote, a pesquisa não é transferir ou transcrever o material pesquisado do livro, da internet, revista ou jornais para o papel sem inferências ou interpretação crítica do produto pesquisado, comentou.
“Com a professora Maria Madalena, pude entender que, quando o educador é leigo no assunto ou na metodologia, ele não consegue fazer com o que o seu aluno adquirira o hábito da leitura. Por meio da leitura, é possível agregar conhecimento e o professor precisa mostrar ao estudante o quanto é gostoso e fácil de fazer”, disse Vinhote.
De acordo com o professor e diretor acadêmico da Pós-Graduação da UniNorte Laureate, doutor José Carlos Reston Filho, sem registro, não há ciência. Diante desta premissa o professor, que busca divulgar resultados de suas investigações a partir de publicações, mostra a coerência perante a classe acadêmica. "Ao publicar resultados de pesquisas, o professor rompe o isolamento, se conecta à comunidade científica, enriquece seu curriculum vitae, se atualiza e passa a ter autoridade moral necessária para despertar entre os alunos o interesse pela pesquisa científica", afirmou.
“O desafio da docência é sustentar e ampliar constantemente a biblioteca pessoal, o hábito da leitura, o gosto de escrever, o autodidatismo, a manutenção dos arquivos de pesquisa e a carga semanal de estudo. Tudo isso transparece, na ponta, junto aos alunos na hora de convidá-los a adentrarem no universo da pesquisa científica”, justificou.
Apoio da FAPEAM
Segundo a professora Maria Madalena, o apoio da FAPEAM teve um papel fundamental no desenvolvimento de sua pesquisa com óleo residual de fritura. Sem o apoio, os resultados não teriam chegado tão longe e com resultados positivos, tanto da pesquisa quanto dos alunos inseridos no mundo do pesquisador.
“Vale aqui ressaltar, que o apoio da FAPEAM, por meio do Programa Ciência na Escola (PCE), mudou minha vida, pois agora nossa pesquisa já tem vida própria e já faz parte da sociedade da informação consciente e cidadã. Nesta perspectiva, a escola é concebida como um espaço onde os alunos possam exercer seu papel na construção da democracia social”, finalizou a professora.
Sobre o PCE
O Programa Ciência na Escola faz parte da política do Governo do Estado para difundir a ciência e promover o interesse dos jovens pelo mundo científico. Para isso, o programa consiste em apoiar, com recursos financeiros e bolsas, sob formas de cotas institucionais, estudantes dos ensinos Fundamental e Médio integrados no desenvolvimento de projetos de pesquisas de escolas públicas de Manaus e interior do Amazonas. Desenvolvido pela FAPEAM o programa conta com o apoio da Seduc e Semed.
Rosa Doval – Agência FAPEAM