Programa de computador promete ajudar paciente com doença coronariana
A doença arterial coronariana (DAC) é uma das principais causas de morte para homens e mulheres no mundo. No Brasil, são mais de 300 mil óbitos por ano, segundo o Ministério da Saúde. Também chamada de doença cardíaca coronária, a complicação causa a distribuição inadequada de sangue no músculo cardíaco. Um programas de computador em desenvolvimento na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) surge como esperança para quem sofre do problema. Com o HeartFlow FFR-CT, os profissionais de saúde poderão abrir mão de recursos invasivos em pacientes com sinais e sintomas da doença.
Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook
A DAC ocorre quando uma ou mais das maiores artérias na superfície do coração se tornam estreitas ou bloqueadas, reduzindo o fluxo sanguíneo que abastece com sangue rico em oxigênio o músculo do coração. A doença pode levar a dores no peito (angina), ataque cardíaco, insuficiência cardíaca e morte. É causada por um crescimento de depósitos gordurosos e ceráceos na parte interna das artérias — acúmulos compostos por colesterol, cálcio e outras substâncias do sangue. Essas placas ateroscleróticas obstruem as coronarianas, tornando-as rígidas e irregulares, condição chamado pelos médicos de endurecimento das artérias.
Ao cruzar dados a partir de uma tomografia computadorizada, o HeartFlow FFR-CT consegue fornecer o valor do fluxo fracionado de reserva (FFR) — informação que determina a extensão de um bloqueio no coração ou numa artéria coronária. Com o auxílio do software, o profissional de saúde utiliza a estimativa apurada e outros dados clínicos do paciente para determinar a probabilidade de o FFR estar abaixo do limite considerado aceitável.
A partir do resultado, sabe-se se será necessário o cateterismo cardíaco para uma avaliação mais precisa do estado do paciente. Em muitos casos, a intervenção pode ser descartada. Os dados apresentados para corroborar a segurança e a eficácia do software incluíram estudos clínicos que compararam as medições do software para valores de FFR apurados diretamente pelo cateterismo cardíaco em pacientes com suspeita de doença coronariana. Os resultados mostraram que o programa foi capaz de identificar corretamente 84% dos bloqueios que exigiam a intervenção invasiva. Para os casos livres de intervenção, o índice de acerto chegou a 86%.
Fonte: Correio Braziliense