Programa incentiva fixação de doutores no Amazonas


Doutores brasileiros interessados em morar e desenvolver pesquisas na capital e em municípios do interior do Amazonas podem se inscrever no Programa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). O edital, lançado esta semana, é de fluxo contínuo e prevê a concessão de 12 bolsas.

O edital (nº 005/2007) completo pode ser acessado clicando aqui. O DCR é um programa da Fapeam, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por intermédio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O objetivo é apoiar a fixação de doutores em instituições de pesquisa ou ensino superior, instituto de pesquisa, empresas públicas de pesquisa e desenvolvimento sediadas no Amazonas, que mantenham setor de pesquisa ou de desenvolvimento tecnológico e inovação.

A fixação de doutores é uma das estratégias da Fapeam para diminuir as desigualdades em regiões de baixo desenvolvimento científico e tecnológico no Estado. “É fundamental que tenhamos programas que atendam a demandas específicas nossas. Atuamos na qualificação de recursos humanos, mas ainda precisamos traçar estratégias eficientes para fixar essas pessoas aqui”, diz Elisabete Brocki, diretora técnico-científica da Fapeam.

O DCR tem duas vertentes: Regionalização e Interiorização. A primeira visa a atração de doutores de outras regiões para instituições acadêmicas e de pesquisa do Estado do Amazonas. Nesse caso, não é permitida a concessão de bolsa a doutores formados ou radicados no próprio Estado.

Os aprovados têm direito, pelo CNPq, a bolsa DCR pelo período de 24 meses, auxílio-instalação e passagem aérea nacional. A Fapeam concede a bolsa complementar de 25% do valor da bolsa do CNPq, mais duas bolsas de apoio técnico e auxílio-pesquisa (capital e custeio) no valor de até R$30 mil.

A vertente Interiorização também tem objetivo de estimular a fixação de doutores em instituições regionais, porém, em municípios do interior do Amazonas, especialmente nas áreas reconhecidas pelo CNPq como microrregiões de baixo desenvolvimento. Para estimular esse processo, é permitida a contratação de doutores formados ou radicados no Estado.

Os doutores aprovados recebem, pelo CNPq, os mesmos benefícios citados na vertente Regionalização. Pela Fapeam, têm direito a bolsa complementar, também de 25% do valor da bolsa do CNPq, duas bolsas de apoio técnico, auxílio-pesquisa, três passagens aéreas nacionais (destinadas a participação em eventos ou intercâmbios ligados à área de atuação) e mais auxílio-instalação, quando o deslocamento da instituição de desenvolvimento do projeto for inferior a 500 quilômetros.

São financiáveis pelo auxílio-pesquisa a compra de material permanente, bibliográfico e de consumo, além de passagens aéreas e terrestres, serviços de terceiros (pessoa física e jurídica).

Caso o pesquisador seja contratado por instituição no Estado do Amazonas durante a vigência da bolsa, ele poderá mantê-la. Porém, o valor será reduzida em 50%.

Inscrições

O candidato interessado em participar do edital deve ter experiência comprovada em ciência, tecnologia e inovação; não pode possuir vínculo empregatício ou ser beneficiado de bolsa de qualquer outra instituição (nacional ou internacional), além de estar cadastrado no Banco de Pesquisadores da Fapeam e ter currículo atualizado na Plataforma Lattes.

Além das diretrizes gerais, o candidato deve cumprir exigências específicas de cada linha. Na vertente Regionalização, o doutor precisa selecionar a instituição regional onde pretende desenvolver o projeto, não residir no Amazonas e não exercer a profissão ou ter se aposentado no Estado. Na vertente Interiorização, o proponente deverá fixar residência no interior do Estado, onde está situada a sede ou unidade permanente da instituição.

Michelle Portela – Decon/Fapeam

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