Projeto de pesquisa aponta caminhos para produção madeireira no Estado
O projeto Modelo de Integração dos Produtores de Madeira do Estado do Amazonas (MIPMEA), executado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), realiza, neste dia 31, o II Workshop de Apresentação de Resultados Finais, que acontecerá no município de Jutaí (a 750km de Manaus em linha reta).
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As atividades do projeto MIPMEA, realizado em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Associação dos produtores rurais de Jutaí (Asproju), foram executadas no período de fevereiro de 2005 a abril de 2007, nas comunidades de populações tradicionais que habitam a Reserva Extrativista do Rio Jutaí. O objetivo do projeto é promover a qualificação e a capacitação dos pequenos produtores em manejo florestal comunitário e produção madeireira na região da Resex do Rio Jutaí. Tal atividade vai possibilitar a utilização criteriosa dos recursos florestais, levando em consideração a manutenção e a sustentabilidade da floresta.
Entre os resultados que deverão ser divulgados durante o evento, que conta com o apoio financeiro da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), estão os dados do inventário florestal realizado numa área de 21 hectares, correspondendo a 25 campos de futebol. O inventário teve como objetivo conhecer as espécies de madeira com maior potencial econômico na região. Os primeiros resultados apontaram para uma espécie rica: o anoirá. Essa madeira possui alto poder econômico e nas comunidades da reserva é transformada em artefatos, como canoas, cabos de instrumentos agrícolas, além de ser a mais utilizada na construção de casas.
Seguindo com a proposta de promover a qualificação em manejo florestal e gestão da industria madeireira, o MIPMEA também realizou atividades de oficinas e mini-cursos para os pequenos produtores da Resex do rio Jutaí. Entre elas estão as oficinas de manejo e inventário florestal, identificação botânica, associativismo e cooperativismo. Ao todo, participaram das oficinas 280 comunitários de 23 comunidades.
Ao final desse processo, o MIPMEA espera que as 23 comunidades atendidas estejam fortalecidas e integradas para transformar esse recurso madeireiro em alternativa econômica rentável, levando benefícios sociais e econômicos para a população local, sem deixar de lado a sustentabilidade da floresta.
Assessoria MIPMEA