Projeto do PCE aposta em informação no combate à malária
Divulgar informações sobre o comportamento do mosquito transmissor da malária em comunidades onde a incidência da doença é grande. É o que motiva duas professoras e cinco alunos bolsistas do Programa Ciência na Escola (PCE) a desenvolver ações de conscientização contra a doença em uma comunidade ribeirinha de quase 500 moradores localizada próxima à capital amazonense.
Mantido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), com apoio das secretarias de educação estadual (Seduc) e municipal (Semed), o projeto do PCE está sendo executado na Escola Municipal Nossa Senhora de Nazaré, localizada no assentamento Nazaré, Costa do Tabocal, área rural fluvial de Manaus.
Com a ação organizada pelo projeto, a comunidade participou na última quarta-feira (23/9) de palestra comandada pelo pesquisador e vice-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Wanderli Pedro Tadei. O pesquisador atua no projeto capacitando os bolsistas para se tornarem agentes de combate ao mosquito, além de auxiliar na avaliação dos resultados de campo da pesquisa.
No início do mês de setembro, os bolsistas estiveram na sede do Inpa, em Manaus, participando de treinamento coordenado por Tadei com o objetivo de assimilar práticas de prevenção contra a malária para disseminá-las ao retornarem à comunidade, colaboraando, assim, para a redução da quantidade de pessoas contaminadas pelo mosquito.
A equipe do projeto do PCE é formada pelas professoras Tânia Luz e Ana Cristina e pelos jovens alunos Luiz Jorge Soares dos Anjos, Felipe Lima Brito, Suelen Silva de Souza, Elcijane Castro da Silva e Tatiane Alves de Brito.
Ação na comunidade
Na palestra, o pesquisador do Inpa repassou à comunidade informações sobre o comportamento do mosquito e sobre a importância dos moradores terem o conhecimento sobre a transmissão da doença. Com a ação, os comunitários entenderam porque o assentamento é um dos locais de maior incidência de malária. De acordo com Tadei, a comunidade é um grande foco por se localizar as margens do rio Negro.
“O mosquito se reproduz nas águas negras do igapó, muito presente nas proximidades do assentamento. Nós precisamos conhecer o local onde moramos para saber como funciona a transmissão da malária e saber como preveni-la”, afirmou o pesquisador.
Wanderli Tadei salientou que a parte mais importante do projeto será desenvolvida pelos próprios bolsistas do PCE, pois, dessa forma, o conhecimento chega mais fácil, e a prevenção se torna mais eficiente.
Seguindo o cronograma do projeto, no início do mês de setembro os bolsistas estiveram na sede do Inpa, em Manaus, participando de treinamento coordenado por Tadei com o objetivo de assimilar práticas de prevenção contra a malária para disseminá-las ao retornarem à comunidade, colaborando, assim, para reduzir a quantidade de pessoas contaminadas pelo mosquito.
“Agora o trabalho dos alunos será mapear os locais de risco da doença, ou seja, mostrar onde está o problema”, informou Tadei.
Nova forma de prevenção
Para a diretora da escola, Dalilene Moura Tavares, as informações que os pesquisadores repassaram à comunidade são muito importantes não só para os alunos, mas principalmente para os moradores, e o PCE contribui para trazer essas informações. “Por meio do PCE, é possível aguçar o interesse dos alunos na conscientização da doença”, declarou, satisfeita, Tavares.
Segundo a aluna participante do programa, Tatiane Alves de Brito, 17, que já teve a doença cinco vezes, o projeto veio trazer uma nova forma de prevenção para os moradores. “Participar do projeto é muito legal e também muito importante para a comunidade. Com ele, vai ser mais fácil a gente se prevenir da malária”, explicou.
Na opinião do pesquisador, a prevenção da doença está em pequenos e importantes cuidados. Um deles é a utilização dos mosquiteiros impregnados, eles são iguais ao comum, porém, têm uma composição diferenciada no tecido. Ao lavar, o mosquiteiro solta um tipo de inseticida. Ao se aproximar do mosquiteiro, o carapanã imediatamente sente o produto e foge. Outras opções de prevenção são as telas e a construção de centros comunitários telados.
Janaina Karla – Agência Fapeam
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