Projeto do PCE é selecionado para participar da SBPC
“História com Pipoca” participa, nesta semana, da 68ª Reunião Anual da SBPC, que acontece até sábado, 9 de julho, na cidade de Porto Seguro/BA
Analisar e discutir filmes que contam história fazendo um paralelo com a época em que a história se passou, com a época em que o filme foi feito e com a atualidade foi o objetivo do projeto do professor Rosivaldo da Fonseca Moreira, que, por todo o ano de 2015, realizou a atividade com os alunos do 8º ano da Escola Municipal Ulisses Guimarães, localizada na Zona Norte de Manaus.
O projeto “História com Pipoca”, que faz parte do Programa Ciência na Escola (PCE), do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), foi selecionado para participar da 68ª Reunião Anual da Semana Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre em Porto Seguro, na Bahia, até o próximo sábado, 9 de julho. O evento iniciou no domingo, 3 de julho.
Para o idealizador do projeto, esta é uma grande oportunidade para trocar experiências com outros profissionais e representar o Amazonas em um evento tão importante para a Ciência no Brasil.
“É a terceira vez que participo da Semana e, para mim, é um enorme prazer poder mostrar para o Brasil que o Amazonas realmente faz Ciência e incentiva os estudantes, desde cedo, a se interessarem pela pesquisa também. Sempre fico nessa expectativa, se meu projeto vai ser aprovado ou não para participar da SBPC e, quando recebo a notícia que ele foi, sinto-me realizado por conquistar, juntamente com meus alunos, um espaço tão importante entre os grandes projetos de todo o Brasil. Com certeza, esta é uma grande oportunidade para troca de saberes”, disse Rosivaldo.
Sobre o projeto
“História com Pipoca: o uso de filmes como recurso didático nas aulas de História” surgiu em 2015, quando Rosivaldo viu a necessidade de realizar uma aula diferente para os alunos aos quais lecionava, verificando como os filmes atingem de forma positiva e/ou negativa os estudantes.
De acordo com o professor, uma pesquisa foi realizada com alunos e professores para saber qual o nível de aceitação sobre o uso de filmes durante as aulas, depois disso foi feita uma seleção dos audiovisuais que poderiam ser apresentados paralelamente ao assunto do livro.
“As aulas seguiam um roteiro, para dinamizar, ainda mais, o ensino. Com isso, além do livro e dos filmes, os alunos foram incentivados a viver as histórias através de peças teatrais e análises das obras cinematográficas. Utilizamos, ainda, as redes sociais para fazer debates sobre o que havia sido estudado nas aulas, assim os alunos utilizavam essa ferramenta não só para diversão, mas para o estudo também. Todos participavam e era muito legal”, afirmou Rosivaldo.

O coordenador do projeto, professor Rosivaldo Moreira, afirmou que fez uma pesquisa entre professores e alunos para saber o nível de aceitação do uso de filmes como recurso didático
Cinco bolsas de Iniciação Científica (IC) também foram disponibilizadas para esse projeto. Para umas das bolsistas, Geovana Falcão, participar das aulas como IC despertou, ainda mais, o interesse pela pesquisa. “Foi uma experiência muito gratificante, que eu quero reviver mais vezes. Percebi que é algo que contribui não só para nós mesmos, mas para a Ciência no nosso Estado, e saber que estou contribuindo com algo significativo para o futuro, faz eu me sentir realizada”, ressaltou a estudante.
Já para o aluno do nono ano, Davi Flores, além de despertar seu lado teatral, o projeto também o incentivou a perder a vergonha de falar em público.
“Esse projeto trouxe muitos pontos positivos para todos nós, pois além de conseguir ter uma maior facilidade para aprender sobre a História, através dos filmes e das peças teatrais, ainda adquirimos a capacidade de falar em público. Antes, eu morria de vergonha de falar na frente de outras pessoas e o projeto me ajudou a perder isso”, disse.
Hoje o “História com Pipoca” é aplicado com alunos do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Ada Lima/Agência Fapeam
Crédito: Érico Xavier