Projeto do PCE trabalha a química no cotidiano
03/10/2013 – A química é uma das disciplinas mais temidas por parte de estudantes dos níveis Fundamental e Médio. Por conta disso, Jones Oliveira, professor da Escola Estadual Tiradentes, em Manaus, em parceria com outros profissionais de educação, desenvolveu um método para facilitar e incentivar o aluno a gostar da disciplina, intitulado ‘Físico-química no cotidiano com experimentos interativos’. O projeto recebe financiamento do Governo do Estado, por intermédio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), via Programa Ciência na Escola (PCE).
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O professor precisa levar o aluno para a prática, incentivar para a pesquisa e levar ao conhecimento (Foto: Rosa Doval)
Conforme Oliveira, a ideia surgiu a partir do momento em que ele observou a dificuldade que os alunos enfrentavam para assimilar as complexidades da química. A dificuldade gerou, consequentemente, o desinteresse pela disciplina.
“Como professor de química notei que só a transmissão direta de conteúdo torna a aula chata e o aluno perde o interesse. Por meio do projeto, as aulas tornaram-se mais dinâmicas, pois os alunos trabalham com experimentação em laboratório e, com isso, percebemos que o interesse pela matéria e pela pesquisa, principalmente, vem melhorando”, disse.
Segundo Oliveira, a ideia já existia e, com a oportunidade que a FAP lhe proporcionou por meio do PCE, ele conseguiu transformar a ideia em projeto de pesquisa e levou para a sala de aula atividades com materiais e produtos usados no dia a dia. Dessa forma, o entendimento de experiências e processos químicos foi facilitado.
Segundo o professor, os experimentos não são onerosos porque são realizados com objetos retirados do meio ambiente e outros são levados pelos alunos da cozinha de cada um.
“Aqui incentivamos o ensino da química com objetos que pareciam não ter utilidade nenhuma, como prego enferrujado, lata, álcool, detergente e outros trazidos pelos próprios alunos. E, hoje, até aqueles que não gostavam mesmo de química passaram a se interessar pelos experimentos e estão entre os que apresentaram as melhores notas na disciplina”, enfatizou.
Oliveira ressalta a importância do PCE com relação ao estímulo à pesquisa. Para ele, as aulas não podem mais ser de formas tradicionais. O professor precisa levar o aluno para a prática, incentivar para a pesquisa e levar ao conhecimento. “Ao ministrar aulas práticas, o professor está dando oportunidade ao aluno de buscar e adquirir novos conhecimentos. Assim, aprende tanto o aluno quanto o professor”, finalizou.
Sobre o PCE
O Programa Ciência na Escola (PCE), mantido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), em parceria com as Secretarias de Educação Estadual (Seduc) e Municipal (Semed), é voltado a apoiar a participação de professores e estudantes do Ensino Fundamental, Ensino Médio ou da educação profissional e de jovens e adultos em projetos de pesquisa desenvolvidos nas escolas públicas municipais e estaduais do Amazonas.
Rosa Doval – Agência FAPEAM
Edição: Lourdes Moraes