Projeto traça cenário sustentável de Manaus para os próximos 15 anos


Trabalho desenvolvido pela Fiocruz é tema de Workshop na capital

Construir cenários futuros da sustentabilidade ambiental de Manaus para os próximos 15 anos é um dos principais desafios para o pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Osvaldo Cruz (ENSP/Fiocruz), Carlos Machado de Freitas. A proposta é parte do projeto “Abordagem Ecossistêmica para o desenvolvimento de indicadores e cenários de sustentabilidade”, desenvolvido pelo Instituto Leônidas e Maria Deane – Fiocruz Amazônia.

Machado explicou que nesta primeira fase do projeto, estão sendo definidos indicadores sociais, ambientais, de saúde, econômicos, de desenvolvimento humano e sustentável da capital do Amazonas. A finalidade é mostrar as condições e tendências de sustentabilidade ambiental e do bem-estar atual, identificando possibilidades de mudanças em conjunto com a comunidade e gestores públicos de diversas secretarias. “Para compreender o problema da saúde-ambiental necessitamos, dentro da abordagem ecossistêmica, ouvir moradores e comunidade aliando ao conhecimento técnico-científico”, frisou.

Com o aporte de R$ 200 mil, financiados pela Fiocruz, o trabalho será desenvolvido em torno de uma abordagem ecossistêmica, sustentada no tripé da transdisciplinaridade, participação social e eqüidade. Segundo o pesquisador, é uma técnica que não visa meramente à descrição de problemas, mas à identificação de soluções práticas, com forte expressão entre os pesquisadores do International Development Centre (IDCR) do Canadá.

A partir dos indicadores será possível, na segunda fase do projeto, envolver a gestão municipal no trabalho e sistematizar os indicadores para um planejamento sustentável para os próximos anos. “Traçamos, assim, um perfil completo sobre o que Manaus representa enquanto uma grande cidade, quais recursos demanda, de que forma afeta o ecossistema, como se relaciona com a política de conservação de recursos naturais do Estado do Amazonas, o que é feito com os dejetos produzidos e o que se perde em fluxo de energia e materiais”, explica o pesquisador.

A estimativa de Machado é de que até o final de 2009, este cenário esteja desenhado por meio dos indicadores.

 

Workshop

O trabalho desenvolvido por Carlos Machado de Freitas foi apresentado no seminário “Abordagem Ecossistêmica em Saúde”, pela ILMD-Fiocruz Amazônia, de 17 a 19 de novembro, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

O coordenador do evento em Manaus, Leandro Giatti, pesquisador do ILMD- Fiocruz Amazônia e bolsista de Desenvolvimento Científico e Regional (DCR) da Fapeam, explica que a metodologia multidisciplinar é uma proposta de estruturação de projetos de pesquisa, que envolve, de modo participativo, pesquisadores, sujeitos de pesquisa, representantes governamentais e outros atores sociais de relevância, associando conhecimento científico ao tradicional.

Cristiane Barbosa – Agência Fapeam

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