Projeto transforma garrafas PET em jogo lúdico
02/07/12 – Com a introdução das embalagens do tipo PET (polietileno tereftalato) no mercado brasileiro surgiram desafios quanto ao destino desse material quando descartado. Utilizar essas embalagens como utensílios, vassouras, baldes e objetos de decoração é uma forma de reaproveitamento do material que, normalmente, vai parar no lixo. Em Manaus, um grupo de estudantes da Escola Municipal Antônio Moraes, no bairro Terra Nova 2, zona Norte de Manaus, teve a ideia de transformar esse lixo em um jogo lúdico denominado ‘Tabolixo’.
A iniciativa surgiu devido a grande quantidade de garrafas plásticas que eram encontradas no próprio bairro e na escola, como explicou a pesquisadora voluntária Sabrina Trindade Monteiro. “Decidimos criar um jogo, reutilizando garrafas PETs, que estimulasse a preservação do meio ambiente através da resolução de situações e problemas que desenvolvessem o raciocínio lógico do praticante, por isso o nome ‘tab’ de tabuada, ‘bol’ de bola e o ‘lixo’ de material de reaproveitamento”.
O projeto denominado ‘Tabolixo: o lixo lúdico lógico’, foi desenvolvido no âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE), financiado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed). A pesquisa foi coordenada pelo educador James Alberto dos Santos Ribeiro, e desenvolvida pelos estudantes Luciana Roberta Mendes Cardoso, Marcela Jacqueline de Souza Farias, Natasha Iris Viana Sales, Neyvana Lira Tanaka, Sávio Trindade Monteiro, Yasmin Ramos de Sousa, além das pesquisadoras voluntarias Sabrina Trindade Moteiro e Eridiane Queiroz de Paula.
Segundo Eridiane de Paula, o jogo consiste colocar nas garrafas plásticas bolas de isopor de 15 milímetros com o número referente a uma questão de uma determinada área do conhecimento. “A questão é sorteada logo após a garrafa ser derrubada por um arremesso de uma bola de tênis. Todas as garrafas têm um valor indicado por uma equipe de mesários, ao derrubar as garrafas o arremessador deve totalizar os pontos indicados nas garrafas para prosseguir com o jogo e responder a questão, se ele acertar continua e responde a questão, para isso o atleta tem 25 segundos, se não conseguir responder ou errar a equipe adversária tem a chance de responder”, explicou.
Eridiane de Paula informou que as questões a serem respondidas pelos participantes do jogo são escolhidas em conformidade ao conteúdo trabalhado pelos professores na escola. “Todas as questões são referentes ao conteúdo trabalhado na escola e a finalidade do jogo é desenvolver o raciocínio lógico do aluno”, frisou.
Para Sabrina Trindade Monteiro o jogo auxilia na avaliação do desempenho intelectual de cada atleta pela resolução de situações apresentadas durante os jogos. “Isso é estabelecido pela pontuação das respostas corretas no tempo estabelecido e respeitando as regras do jogo, isso auxilia na inclusão social e o desenvolvimento intelectual do participante através do raciocínio lógico”, finalizou.
Sobre o PCE
O PCE é um programa que apoia, com recursos financeiros e bolsas, sob formas de cotas institucionais, estudantes dos ensinos Fundamental e Médio integrados no desenvolvimento de projetos de pesquisas de escolas públicas, conta com apoio das Secretarias estadual (Seduc) e municipal (Semed).
Rosilene Corrêa – Agência Fapeam