Projeto visa promover a conscientização ambiental em comunidades ribeirinhas no Amazonas


A enxurrada de produtos industrializados e suas embalagens acendeu um sinal de alerta na floresta amazônica. Tal fato passou a exigir ideias inovadoras para que as embalagens das mercadorias que entram na rotina diária das populações que habitam esta região não prejudiquem a qualidade de vida destes.

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Na comunidade Três Unidos, habitada por índios da etnia kambeba, na Área de Proteção Ambiental do Rio Negro, nos arredores de Manaus (AM), foi instalado um inusitado galpão de triagem, adaptado às condições do lugar, para recebimento do lixo reciclável recolhido pelos moradores de 16 comunidades ribeirinhas.

Pela primeira vez, a reciclagem chega a uma área protegida como reserva ambiental. “Não foi fácil conscientizar as famílias e agora já notamos que o número de casos de diarreia diminuiu”, conta o pajé Valdemir Triukuxuri. O hábito era queimar o lixo ou jogá-lo no rio como algo que a natureza se encarregaria de eliminar, assim como faziam pais e avós com as sobras de frutos, peixes e outros itens orgânicos mais tradicionais do consumo na floresta.

“A ideia neste momento não é gerar escala, mas sensibilizar os ribeirinhos para a questão”, explica Fernando Von Zuben, diretor de meio ambiente da empresa Tetra Pak, fabricante de embalagens longa vida que apoia o projeto, em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável (FAS).

A iniciativa ilustra o desafio da inovação na Amazônia, centro das atenções globais devido à importância para o equilíbrio climático. Os avanços vão desde um trepador mecânico para subir mais fácil e rápido na palmeira de açaí e coletar o fruto até um modelo inovador de saúde pública com roteiro de visitas domiciliares a mães e crianças por entre rios e igarapés.

Fonte: Sérgio Adeodato / Página 22

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