Rede Malária terá R$ 30 milhões para investimentos
Ministério da Saúde anuncia investimento de R$ 10 milhões em rede de pesquisa proposta pela Fapeam em parceria com FAPs de sete estados brasileiros
A Rede Malária terá R$ 30 milhões para financiar as primeiras pesquisas integradas sobre a doença, volume de recursos alcançado com a confirmação de investimento de R$ 10 milhões pelo Ministério da Saúde (MS). As pesquisas serão prioritariamente voltadas ao desenvolvimento de vacinas e no mapeamento genético dos vetores da doença, além do aprimoramento de serviços de atendimento à população.
A rede de pesquisa em malária é uma proposta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com as FAPs do Pará (Fapespa), Maranhão (Fapema), Minas Gerais (Fapemig), São Paulo (Fapesp), Rio de Janeiro (Faperj) e Mato Grosso (Fapemat), além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Saúde.
A confirmação foi feita pelo secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães, em reunião com dirigentes de FAPs, na última semana, confirmando as expectativas surgidas no âmbito do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
“A definição é importante e confirma nossa intenção de ter R$ 30 milhões já no primeiro edital”, afirma Odenildo Sena, presidente do Confap e diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
De acordo com Odenildo Sena, assim como o Ministério da Saúde, tanto as FAPs quanto o CNPq investirão, cada grupo, valor equivalente.
Prioridades
Gestores das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Saúde (MS), com participação do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) do órgão, na sede do CNPq, em Brasília, Distrito Federal (DF), estiveram reunidos na última semana para definir a Rede Malária. Também participaram os pesquisadores indicados pelas FAPs, CNPq e MS para participar da rede.
Entre os temas definidos como prioritários no encontro estão: estudos sobre a biologia, ecologia e controle de vetores potenciais da malária; biomarcadores para avaliar susceptibilidade e resistência à infecção malárica no hospedeiro humano; vacinas com ênfase em ensaios pré-clínicos, novas tecnologias e melhoramento dos modelos; caracterização molecular das populações de parasitos circulantes no hospedeiro vertebrado e no vetor; quimioterapia antimalárica; estudo clínico-epidemiológico; diagnóstico.
Agência Fapeam, com informações da Ascom/Fapespa