Resíduos madeireiros, uma opção econômica
Durante a SBPC, que começou na última segunda-feira e termina hoje (13/7), os estudantes do Instituto também apresentaram assuntos relacionados ao fruto da castanha do Pára como potencialidade energética, desenvolvimento de modelos matemáticos para estimar a densidade básica da madeira, ou seja, saber a qualidade da madeira sem precisar derrubar a árvore.
Entre os trabalhos estão: “Qualidade da madeira da espécie Brosimum rubescens, Taub. Moraceae”, o qual desenvolveu modelos para estimar a variação da densidade básica da madeira e da resistência, no sentido longitudinal do fuste (tronco da árvore). A pesquisa também buscou determinar a seção transversal no tronco para retirada de amostras por método não destrutivo. Os resultados foram satisfatórios, pois se verificou que a DEAP (diâmetro altura do peito) é a mais apropriada para representar a densidade básica.
Outra pesquisa apresentada foi “Avaliação das Madeiras Utilizadas nas Panificadoras da Zona Centro Sul de Manaus”. Durante o trabalho de campo, foram verificadas quais eram as espécies madeireiras mais comuns na cidade utilizadas como lenha. Contudo, a pesquisa chegou a um interessante resultado, que o teor de cinzas das espécies estudadas são viáveis do ponto de vista econômico na queima das caldeiras e fornos de lenha.
Já o projeto “Diagnóstico das Serrarias Implementadas na Cidade de Manaus” visou saber os efeitos da implantação das legislações ambientais nas serrarias da cidade, tendo como base à obediência as regulamentações ambientais. A pesquisa concluiu que das serrarias visitadas 10% são de porte médio e que os restantes estão agrupadas em pequeno porte. Outro dado importante constatado foi a preocupação entre os donos das panificadoras em relação às questões ambientais. Por isso, eles doam os resíduos gerados no processamento mecânico para confecção de artesanato e abastecimento de holarias.
O desenvolvimento dos projetos só foi possível porque contou com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e Programa de Bolsas de Iniciação Científica do INPA (PIBIC Júnior).
Os trabalhos foram orientados pelas pesquisadoras: Claudete Catanhede (Laboratório de Engenharia de Artefatos de Madeira (LEAM), Irineide Cruz (Setor de Química); e os técnicos Roberto Daniel e Marta Mantins, ambos do LEAM.