Reunião decide metas para formação da Rede Dengue
Está agendada para esta terça-feira (29/9), às 10h, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, a primeira reunião preparatória para configuração da Rede de Pesquisa em Dengue (Rede Dengue), nome provisório de programa cujo edital deve ser lançado ainda este ano com expectativa de aporte de R$ 20 milhões para a pesquisa sobre o dengue.
O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Odenildo Sena, participa do encontro em Brasília juntamente com representantes de diversas FAPs do país, membros do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), por meio do CNPq, e do Ministério da Saúde (MS), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit).
“A Rede Dengue surge na esteira da Rede Malária, que está sendo vista como referência pelo presidente do CNPq, uma vez que congrega esforços e recursos federais e estaduais, induzindo os pesquisadores de estados diferentes a realizarem pesquisas em conjunto, somando competências, infraestrutura instalada nos estados, aproveitando os recursos de forma mais eficiente”, enfatizou Sena.
A proposta inicial é que os projetos que irão compor a Rede Dengue contemplem a participação formal de instituições de pelo menos duas unidades da Federação, sendo uma da Amazônia Legal. Além disso, as propostas deverão considerar a formação de recursos humanos na área e os impactos de seus resultados para o Sistema Único de Saúde.
Para a diretora técnico-científica da Fapeam, Patrícia Sampaio, a iniciativa é também pioneira, da mesma forma como ocorreu quando se formou a Rede de Pesquisas em Malária (Rede Malária), uma vez que a região amazônica, independentemente de onde esteja fixado o pesquisador proponente, acabará sendo beneficiada.
“A exemplo da Rede de Malária, uma ação da FAP do Amazonas que ainda está gerando frutos, a nova ação irá racionalizar o uso dos recursos”, destacou Patrícia.
A Rede Malária, que está servindo como referência para a criação da Rede Dengue, surgiu por iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas e resultou em parceria entre o Governo do Estado do Amazonas, o MCT/CNPq, o MS/Decit e as Fundações de Amparo à Pesquisa do Maranhão, Pará, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os recursos da Rede Malária somam montante de R$ 15 milhões, voltados a apoiar a formação e o fomento de uma rede inter-regional e interdisciplinar de pesquisas em malária, por meio do intercâmbio entre pesquisadores de instituições sediadas nos estados envolvidos na rede, devendo envolver necessariamente pesquisadores fixados na Amazônia Legal.
Aportes
Odenildo Sena afirmou ser uma expectativa que verbas da ordem de R$ 20 milhões sejam consolidadas para a Rede Dengue. “A Fapeam vai investir R$ 600 mil para a consolidação da rede. É um dinheiro que, junto com verbas federais de cerca de R$ 15 milhões e mais aportes de FAPs de outros estados da Federação, ajudará a fortalecer a iniciativa”, afirmou Sena.
Renan Albuquerque – Agência Fapeam