Revista amazonense Mutações sobe de estrato no Qualis Capes
15/08/2013 – Desde 2009, os pesquisadores que trabalham com estudos referentes à cultura, meio ambiente e comunicação social contam com um espaço de diálogo com a sociedade. Na época, professores do Baixo Amazonas, que atuam no município de Parintins (distante 369 quilômetros de Manaus), uniram-se para criar a Revista Eletrônica Mutações. A publicação é editada por professores de Jornalismo do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
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A Revista Mutações deu um impulso na produção científica desta região ao reunir os trabalhos de estudantes e professores e publicá-los. A iniciativa ganhou um novo incentivo ao subir mais um estrato de classificação do Qualis Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Para falar sobre o assunto, a Agência FAPEAM conversou com o pesquisador Renan Albuquerque que integra o Conselho Editorial da Revista. Ele falou sobre os desafios de realizar pesquisa no Baixo Amazonas e a nova qualificação da Revista.
Agência FAPEAM: sobre a revista eletrônica Mutações, como e quando se deu a ideia de produção do material?
Renan Albuquerque – A ideia inicial para a criação da revista surgiu em 2009. Na época, eu e os professores Gerson Albuquerque e Soriany Neves, todos do colegiado de Jornalismo ICSEZ da Ufam/Parintins, percebemos que não havia um periódico para a disponibilização de pesquisas de professores e alunos do Baixo Amazonas. Então, criamos a Revista Eletrônica Mutações que busca destacar estudos referentes à cultura, meio ambiente e comunicação social.
AF: o periódico publica pesquisas registradas no Comitê de Ética de Pesquisa (CET). Esse cuidado se reflete na qualidade das publicações. Qual o objetivo da Mutações em relação ao cenário nacional?
Renan Albuquerque – O objetivo é estar bem qualizada, ou seja, publicar pesquisas de qualidade para subir no sistema Qualis da Capes, aglutinando diálogos entre sociedade e universidade e propiciando um canal de divulgação para estudos de porte acadêmico no Baixo Amazonas.
AF: a Mutações é conhecida por marcar o pioneirismo da Ufam com uma revista no Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas (SEER). Quando foi esse marco e o que mudou de lá para cá?
Renan Albuquerque– Desde o fim do ano de 2010 estamos no SEER, que inclui, em si mesmo, um banco de dados integrado ao sistema Open Journal Systems. A Revista Eletrônica Mutações foi a primeira da Ufam a integrar o sistema. Mas hoje todos os periódicos da Universidade estão dentro do portal www.periodicos.ufam.edu.br, que faz link para o SEER.
AF: pelo Qualis Capes, a Mutações agora está classificada no estrato B4. Qual a importância de estar nesse patamar?
Renan Albuquerque- Estar no Qualis da Capes, por si só, significa ter visibilidade perante a comunidade acadêmica nacional. Sendo B4, as pesquisas divulgadas nos periódicos ganham mais acessos por parte de outros cientistas regionais. Quanto mais subirmos no estrato da Qualis (A1, A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C), melhor estaremos em termos científicos. Há um longo caminho a percorrer, mas estamos confiantes.
AF: o que a equipe espera aperfeiçoar com essa nova classificação? Alguma novidade à vista?
Renan Albuquerque– Esperamos contar com o auxílio de pesquisadores de outros Estados da Federação para ampliar a visibilidade da Revista. A novidade prevista é aproveitarmos o “Intercom Nacional”, que será realizado no mês de setembro, em Manaus, para contatar doutores de universidades federais e convidá-los para escreverem para a Mutações. Essa é a dinâmica para fazer a Revista crescer dentro da perspectiva das classificações da Capes.
AF: o que é necessário para que mais periódicos amazonenses melhorem de estrato no Qualis Capes?
Renan Albuquerque– Divulgar pesquisas de cientistas de fora do Estado e até internacionais! É assim que qualquer periódico do mundo faz para se manter bem qualificado no Qualis Capes. Também é preciso manter a periodicidade.
Entenda sobre o Qualis:
Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação. Tal processo foi concebido para atender às necessidades específicas do sistema de avaliação e é baseado nas informações fornecidas por meio do aplicativo Coleta de Dados. Como resultado, disponibiliza uma lista com a classificação dos veículos utilizados pelos programas de pós-graduação para a divulgação da sua produção.
A estratificação da qualidade dessa produção é realizada de forma indireta. Dessa forma, o Qualis afere a qualidade dos artigos e de outros tipos de produção, a partir da análise da qualidade dos veículos de divulgação, ou seja, periódicos científicos.
A classificação de periódicos é realizada pelas áreas de avaliação e passa por processo anual de atualização. Esses veículos são enquadrados em estratos indicativos da qualidade – A1, o mais elevado; A2; B1; B2; B3; B4; B5; C – com peso zero.
Leandro Guedes – Agência FAPEAM