Suframa conhece indicadores de C&T do Amazonas


Consultores encarregados da revisão do planejamento estratégico da autarquia solicitaram reunião com a Sect; objetivo é colher subsídios para elaboração de documento que vai nortear as ações para os próximos anos

“As ações que o Governo do Amazonas vem desenvolvendo de forma integrada entre secretarias e instituições, no âmbito da C&T, apontam claramente para uma perspectiva de política de estado, tornando o momento muito significativo para compreendermos que a Amazônia não é um problema para o Brasil, é uma solução. Nós temos que ser competentes para convencer os diferentes sujeitos de que é preciso investimento diferenciado na região”.

Com essas palavras, o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, José Aldemir de Oliveira, encerrou a sua apresentação sobre os indicadores de C&T no Amazonas para consultores encarregados de elaborar a revisão do planejamento estratégico (PE) da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), em reunião ocorrida na manhã de hoje, na Sect.

Essa revisão está sendo coordenada pelo professor Mauro Thury Vieira da Sá, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no âmbito do projeto Arara (ver boxe). Segundo ele, a reunião na Sect foi solicitada para que os consultores pudessem conhecer as principais ações de C&T no Estado e colher subsídios e sugestões para a elaboração do documento que vai nortear as ações da Suframa para os próximos quatro anos.

De acordo com José Alberto Machado, coordenador geral de Estudos Econômicos e Empresariais da Suframa, é fundamental haver uma interface entre as diferentes visões que os gestores da região têm sobre o desenvolvimento da Amazônia Ocidental.

“Como estamos trabalhando na revisão do planejamento estratégico de uma autarquia que abrange não apenas o Amazonas, mas também outros estados, temos interagido com vários setores da sociedade. Essa reunião de hoje, com o secretario José Aldemir, foi para colhermos informações sobre como o sistema estadual de C&T pode nos auxiliar nessa tarefa, fornecendo dados importantes sobre o Amazonas”, afirmou Machado.

Para ele, é fundamental ouvir pessoas qualificadas sobre questões que preocupam a todos no Estado, como o futuro do modelo Zona Franca da Manaus. “E a opinião qualificada que nós podemos perceber, no âmbito do Governo do Estado, está no sistema de C & T, formado pela Sect, UEA (Universidade do Estado do Amazonas), Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas) e Cetam (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas)”, completou.

Na opinião de Machado, “esse sistema reúne um grupo de intelectuais vigorosos, comprometiddos com a região e com uma leitura consistente da realidade e que estão tendo êxito em suas ações de fomento à pesquisa e a formação”, destacou.

O diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena, falou do investimento de R$ 106 milhões em menos de cinco anos em C&T, com ênfase na formação de recursos humanos. “Nós estamos verticalizando as ações da Fapeam no que tange à formação de novos mestres e doutores na região. Temos participação em todos os programas de pós-graduação no Estado, via Fapeam, porque precisamos correr atrás do prejuízo”, disse.

Sena salientou que, em 2008, deverão ser titulados 200 novos doutores com apoio da Fapeam. “Isso parece pouco, mas, na verdade, é muito, se considerarmos o número de doutores hoje nas instituições de ensino e pesquisa, formados ao longo de sua existência”, disse, referindo-se à Ufam (com 350 doutores), ao Inpa (com menos de 200) e à UEA (com 150).

Demanda x Oferta

Tadao Takahashi, consultor do Arara, disse que a Fapeam e a Sect são essenciais em todo o planejamento estratégico na região, "pois são propulsoras das condições que precisamos criar, principalmente quanto à formação de recursos humanos". Todavia, para ele, é  preciso pensar muito mais em termos de demandas do que de ofertas.

Odenildo Sena discordou, observando que a preocupação com a demanda é possível para o Sudeste, mas não para o Norte. “Para o nosso estado, que criou o seu sistema e a Fapeam há pouco menos de cinco anos, não é possível trabalharmos apenas com base nas demandas. A capacidade de indução, no nosso caso, é determinante para diminuirmos as diferenças em relação às demais regiões do pais”, afirmou.

Os participantes da reunião foram unânimes em dizer que a reunião do grupo de pesquisa Arara com a Sect foi fundamental para que o novo planejamento estratégico da Suframa considere as reais necessidades da região. “Foi um primeiro contato que já serviu para conhecermos o que vem sendo investido na formação de pessoal qualificado para os tempos modernos. Nesse contexto, a Fapeam tem um papel muito importante”, concluiu Mauro Thury, coordenador do projeto Arara.

Também estiveram presentes na reunião o secretário Executivo e a secretária Adjunta da Sect, Marcílio Freitas e Sidinéia Amadio, respectivamente; o pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa e da UEA, José Luiz de Souza Pio; o diretor do Cetam, Vicente Nogueira; coordenador de Planejamento da Suframa,  Emmanuel Aguiar; o consultor Raul Martins, além dos pesquisadores da Ufam Sylvio Puga, Aristides Oliveira Jr., Flávio Moita e Valdenora Parente.

ARARA – O projeto de pesquisa contratado para elaborar a revisão do PE da Suframa recebeu o nome de “Arara” porque reúne as primeiras letras dos estados que compõem a jurisdição da Suframa: Amazonas, Roraima, Acre, Rondônia e Amapá. Trata-se de um grupo envolvendo professores e pesquisadores da Ufam, técnicos da Suframa e consultores externos, oriundos de outros órgão federais.

Tatiana Silva
Ana Paula Freire
Agência Fapeam

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