Telha feita a partir de PET tem revolucionado construção civil


21/09/2012 – A Construção Civil no Amazonas está sendo revolucionada por um novo tipo de telha, mais leve, mais bonita e com o diferencial de ser feita a partir de garrafas PET (Politereftalato de etileno) recicladas. A responsável por essa iniciativa é a empresa L.M da Amazônia (Telha Leve), que tem procurado proporcionar soluções sustentáveis a seus clientes.

O projeto das telhas feitas a partir de garrafas PETs recicladas foi submetido ao Edital 003/2011, do Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas na Modalidade Subvenção Econômica a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste – (Pappe Integração),  da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O Pappe Integração conta ainda com a articulação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-AM) e apoio de instituições locais como a Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan), Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).

Empresa voltada para sustentabilidade

Os conceitos de ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustentável apontam para a necessidade do equilíbrio entre o ambiente, a sociedade e a economia. Países desenvolvidos colocaram em ênfase a sustentabilidade na questão ambiental e diversos países em desenvolvimento têm se preocupado em incluir também a questão socioeconômica. Em Manaus, a empresa L.M da Amazônia Ltda. (Telha Leve), criada em 1997, tem procurado preservar estes princípios e utilizar soluções que beneficiem tanto o consumidor, quanto a natureza.

O engenheiro da empresa, Luiz Antonio Formariz percebeu nas garrafas PET uma solução sustentável. Atualmente, a produção da Telha Leve é sustentada pela compra de embalagens de PET de associações de catadores cadastradas junto à empresa, que arrecada cerca de 13 toneladas desses produtos por semana.

O processo da transformação do PET em telha é bastante simples e passa por etapas de lavagem, trituração em moinho industrial, tanque de separação (onde os resíduos da embalagem original do PET são retirados), secagem e armazenagem do PET moído, desumidificação (processo que retira a umidade do PET e o prepara para o processo de injeção plástica) e injeção, onde é produzido o molde da telha por termoformagem plástica.

Segundo Formariz, o diferencial da telha feita a partir do PET é que ela passa a pesar oito vezes menos do que a telha comum, feita de barro, além disso, há a variação de cores, entre elas azul, amarelo, vermelho e a cor clássica marrom-cerâmica, que dão um ar contemporâneo às construções. A durabilidade é outro diferencial e a sua resistência, bem superior às telhas comuns. Há ainda a proteção contra os raios ultravioletas. As telhas mantêm por até 15 anos todas as suas propriedades.

A popularização da coleta seletiva vem gerando oportunidades de negócios para as pessoas que se encontram desempregadas. Atualmente, a Telha Leve é a única a utilizar esse processo de fabricação no Estado.

Apoio da FAPEAM

De acordo com o empresário, a Fundação de Amparo teve um papel marcante no desenvolvimento das pesquisas ate o produto final. “O apoio da FAPEAM foi fundamental para o desenvolvimento deste projeto. Nesta linha de pensamento, quem mais lucra é a sociedade que se beneficia dos empreendimentos feitos à base de resíduos recicláveis”, disse o empresário.

Sobre o Pappe Integração

O Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas na Modalidade Subvenção Econômica a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Pappe Integração) visa ao apoio financeiro das atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e/ou Inovação (PD&I) realizadas por microempresas e empresas de pequeno porte regulamentadas pelo Decreto 5.563, de 11 de outubro de 2005.

Redação: Rafaela Vieira
Edição:  Jesua Maia – Agência FAPEAM

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