‘Mulheres que Brilham na Ciência’ apresenta a entrevista com a professora Vilma Mendes
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) apresenta entrevista com a professora de arte da Educação Básica, Vilma Mendes, uma das homenageadas na iniciativa “Mulheres que Brilham na Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas”, durante o evento “Café com Elas”, por sua trajetória profissional, enquanto pesquisadora do Programa Ciência na Escola (PCE).
O “Café com Elas” foi o evento de abertura de 2023 das atividades do Movimento Mulheres e Meninas na Ciência. No Amazonas, o Governo do Estado instituiu em seu Plano Plurianual 2020-2023, uma linha estruturante denominada “Meninas e mulheres na ciência e no empreendedorismo científico”, como política pública, a qual a Fapeam participa, para incentivar uma maior participação feminina na liderança de projetos científicos e, assim, contribuir para a redução das desigualdades de gênero na ciência.
Nesta edição, vamos conhecer a professora de arte, Vilma Mendes, da Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed) homenageada por ser a pesquisadora do PCE que aprovou projetos nos últimos quatro anos (2019-2022), com a maior média de nota.
Vilma é lotada na Escola Municipal Anastácio Assunção. Possui experiência na área de educação, com ênfase em artes. Desenvolve projetos de pesquisa no âmbito do Programa Ciência na Escola desde 2015.
Confira a entrevista!
Fapeam: Por que é necessário ter mais mulheres na ciência?
Vilma Mendes: É necessário para diminuir a desigualdade e incentivar a diversidade. Também para conscientizar que a capacidade não depende do gênero, e para nós mulheres essa visibilidade é um grande desafio.
Fapeam: Quais foram os principais desafios enfrentados pela senhora para atuar no campo da Ciência?
Vilma Mendes: Executar a pesquisa com poucos recursos e convencer os alunos da escola sobre a importância da pesquisa para a vida acadêmica, profissional e pessoal deles. Também um grande desafio é provar que a mulher tem tanta capacidade quanto o homem, e a ciência é uma forma da mulher mostrar a sua força, sua capacidade.
Fapeam: Como a sociedade civil também pode contribuir para formação de futuras cientistas?
Vilma Mendes: Proporcionar às jovens a possibilidade de desenvolver suas habilidades para seguir a carreira de cientista. A pesquisa deve ser incentivada ainda na escola. O currículo escolar deve estar voltado para esse aspecto investigativo e, com isso, possibilitar oportunidades ao universo feminino para que as meninas possam observar o que se passa ao seu redor e mostrar que tudo pode ser investigado e gerar uma pesquisa, que pode ter resultados significativos. Também proporcionar às jovens seguir a carreiras de cientistas.
Fapeam: Como cientistas mulheres podem inspirar futuras pesquisadoras?
Vilma Mendes: Divulgar os seus trabalhos para estudantes para mostrar e incentivar a importância do conhecimento científico e o seu papel na sociedade. Primeiramente, as meninas precisam saber que há inúmeras cientistas. Palestras e oficinas na escola que possam envolver essas futuras pesquisadoras, fazendo com que elas compreendam que não é preciso abdicar dos aspectos femininos. É preciso destacar as cientistas mulheres para que as meninas possam encontrar o caminho para serem cientistas.
Por: Tiago Auzier/Decon Fapeam
Fotos: Érico Xavier/Decon Fapeam