Amazônia emite menos carbono do que especialistas imaginavam
Intitulado “Densidade de madeira e alometria de árvores em florestas do arco do desmatamento: Implicações para biomassa e emissão de carbono a partir de mudanças de uso da terra na Amazônia brasileira”, o projeto foi desenvolvido sob a coordenação do cientista Phillip Fearnside e teve como objetivo determinar o quanto à região do arco do desmatamento (Sul do Amazonas) emite, realmente, de carbono para a atmosfera. O trabalho corresponde à segunda tese de doutorado do Programa CFT, o qual foi implantado em 2004.
Segundo Nogueira, não havia dados sobre as emissões de gases do efeito estufa no arco do desmatamento, onde predomina as emissões. Com a metodologia desenvolvida os números diminuíram em 24 milhões de toneladas de carbono, o que equivale a duas vezes as emissões de carbono emitidos pelo município do Rio de Janeiro com todas as suas fábricas e automóveis.
“Foram aplicadas uma série de correções e cálculos para determinar quanto de carbono existe armazenado na floresta amazônica. Somente o Estado do Amazonas tem uma reserva de 24 bilhões de toneladas, tanto abaixo quanto acima do solo, enquanto a Amazônia Legal concentra 54,9 bilhões de toneladas”, explica.