As oito pesquisas desenvolvidas desde 2006 atendem às diversas preocupações da Fapeam em relação às ações de pesquisas científicas que já fomenta e também as que pretende implementar. Deste forma, envolve estudos que vão desde a formulação de um sistema de informação interno da instituição, que explore de forma otimizada o indicadores da instituição, até à elaboração de propostas para se trabalhar a informação científica para estudantes de ensino médio e fundamental. “Todas estas pesquisas são fundamentais e estratégicas para a Fapeam, pois vão nos ajudar a desenvolver melhor as ações de fomento à pesquisa”, declarou Elisabete Brocki, diretora técnico-científica da Fapeam.

Para melhor conhecer o cenário de investimentos em pesquisa e de proteção ao conhecimento dos povos tradicionais, a pesquisa “Fomento à Pesquisa, Acesso ao Patrimônio Genético, Proteção aos Direitos de Propriedade Intelectual e ao conhecimento Tradicional do Estado do Amazonas”, está sendo desenvolvido pelo pesquisador Serguei Aily Franco de Camargo, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).   Ele atua no campo do Direito e busca avaliar como anda a legalidade dos estudos, processos e produtos obtidos a partir das pesquisas que envolvem conhecimentos ou comunidades tradicionais da Amazônia. “Nossa preocupação é especialmente voltada para a proteção da propriedade intelectual do conhecimento dos povos tradicionais, que envolve toda uma questão ética”, explica Elisabete Brocki.

Um dos projetos em fase adiantada de desenvolvimento é “Elaboração de Indicadores e Processos de Avaliação e Monitoramento de Programas de Pós-Graduação da Fapeam”, coordenador pelo professor doutor Gabriel Arcanjo Santos de Albuquerque, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Este estudo busca criar um mapa dos bolsistas da Fapeam. “Ele é fundamental para que a Fapeam conheça o perfil, a cara dos beneficiados com seus programas de fomento à pesquisa”, afirmou o diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Sena.

Em oito meses de execução, o pesquisador já encontrou dados valiosos para a caracterização dos bolsistas. É possível saber que 58% dos pesquisadores são mulheres, têm em média 29 anos, são, em sua maioria, graduadas em Ciências Agrárias e desenvolvem pesquisas na mesma área. “Observa-se, que esta área é controlada pelas pesquisadores. A presença do sexo masculino é muito reduzida nesse campo”, diz o pesquisador quanto à atuação de pesquisadores nas Ciências Agrárias.     

“Representações Sociais da Ciência e Tecnologia do público infanto-juvenil do Ensino Fundamental da Rede Pública de Manaus”, estudo realizado pelo pesquisador Aderli Vasconcelos Simões, quer descobrir como adolescentes observam e como compreendem Ciência e Tecnologia. “Precisamos saber como trabalhar o tema com os diversos segmentos da população”, avalia Elisabete Brocki.

Michelle Portela – Decon/Fapeam