Amazônia Legal vai ganhar plano de desenvolvimento na área científica


13/11/2012 –  MACAPÁ (AP) – Uma região que abriga cerca de 8,2% da população brasileira, é responsável por 5% do Produto Interno Bruto nacional, concentra cerca de 3,8% dos pesquisadores cadastrados no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e cerca de 2,7% dos programas de doutorado oferecidos no País. Assim o diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Antônio Carlos Galvão, justificou a importância e a necessidade de criação do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento da Amazônia Brasileira, discutido entre secretários de CT&I, presidentes de FAPs e gestores da área científica presentes no Fórum Consecti e Confap, realizado em Macapá (AP). 

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De acordo com Galvão, foi gratificante ver que todos estão interessados em construir um plano robusto, que para ser efetivado precisa contar com a participação de todos os atores envolvidos na região. “Aqui nós propomos a concepção metodológica do plano que tem como desafio integrar todos os interesses, mentes e corações dos políticos e tomadores de decisão na região de forma que, a partir destes dois conselhos, que mobilizam a área de ciência e tecnologia no País, possamos engajar o maior número de interessados que atuam na área de CT&I ou não”, destacou.

A ideia é que a construção do plano parta de uma visita a cada Estado da Região Norte para conhecer as ideias, propostas e agendas e num retorno trabalhar estas informações a fim de devolver os resultados para uma crítica de toda região.

“O resultado final será um Plano que não seja do CGEE, mas de todos os atores, no qual eles consigam se enxergar e onde todo mundo faça um esforço para que, em vez de reclamar ou questionar a clássica posição inferior no cenário nacional, possa expor um conjunto de ações concretas, objetivas, robustas e planejadas”, concluiu Galvão.

Harmonizar os interesses dos Estados

src=https://www.fapeam.am.gov.br/arquivos/imagens/imgeditor/cgeesena.jpgPara o titular da Secretaria de Estado de CT&I do Amazonas e presidente do Consecti, Odenildo Sena, o maior dos desafios do plano é harmonizar os interesses dos Estados no sentido de fazer com que todos entenderem  que este não é um plano que se limita a atender reivindicações de Estado A, B ou C, mas é um Plano para a Amazônia Legal, de tal modo que, quando estiver pronto, todos os Estados sairão ganhando.

“O Tecnova e qualquer outra ação poderá ser uma consequência da elaboração do Plano. Nós estamos lhe dando com um quadro novo e que deve trazer impactos profundos para a Região Norte e para o Brasil”, enfatizou Sena.

Próximas fases

As próximas fases de elaboração do plano pressupõem um acompanhamento da construção nos próximos meses como acontecerá durante a reunião programada para o dia 20 de janeiro de 2013, que contará com a presença do representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e outras instituições que venham a ser integradas, momento em que será apresentada uma ‘versão beta’ do Plano para se discutir as primeiras ações de modo a atender ao desejo do ministro de CT&I, Marco Antônio Raupp,por ações imediatas. 

Sobre o Plano

O Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento da Amazônia Brasileira vem sendo gestado há cerca de seis meses a partir de uma reunião entre secretários e presidentes de FAPs na Região Norte. Ele vem sendo construído conjuntamente e se encontra numa fase em que o MCTI aportou recursos para a sua construção e desperta o interesse de outras instituições como o Banco Interamericano de desenvolvimento (BID).

Ulysses Varela – Enviado especial da Agência FAPEAM

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