Produção Integrada de guaraná é alvo de debates em Manaus
07/11/2012 – A produção de guaraná no Amazonas está avançando ao ponto de já ser exportada para países de todo o mundo. Pensando em técnicas aprimoradas para se adequar ao mercado europeu, produtores e pesquisadores debateram na terça-feira (06/11), técnicas e métodos de produção no Estado. As discussões ocorreram durante seminário da Embrapa Amazônia Ocidental, com o tema ‘Componentes Tecnológicos de Suporte à Produção Integrada’, que encerra nesta quarta-feira (07/11).
Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook
Segundo o Ministério da Agricultura, a Produção Integrada (PI) está focada na adequação de sistemas produtivos para geração de alimentos e outros produtos agropecuários de alta qualidade e seguros, mediante a aplicação de recursos naturais e regulação de mecanismos para a substituição de insumos poluentes, garantindo a sustentabilidade e viabilizando a rastreabilidade da produção agropecuária.
O coordenador do Projeto Semeando o Bioma Cerrado, pesquisador José Rosalvo Andrigueto, esclareceu aos produtores presentes que o mercado europeu exige que os frutos sejam certificados e para isso os produtores devem investir na Produção Integrada (PI).
Por meio da Produção Integrada, os frutos são produzidos a partir de técnicas de alta qualidade, mediante a aplicação de recursos naturais e regulamentação de mecanismos para a substituição de insumos poluentes, como agrotóxicos, garantindo a sustentabilidade.
“Temos de investir em métodos de produção sustentável eficientes, para que os frutos possam ser vendidos ao mercado internacional que está cada vez mais exigente”, esclareceu Andrigueto.
O Seminário ‘Componentes Tecnológicos de Suporte à Produção Integrada’ ocorre até esta quarta-feira, 07/11, no auditório da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), das 8h às 18h, no bairro Distrito Industrial, em Manaus (AM).
Produção para o mundo
Chefa da Divisão de Fruticultura da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Rosilene Freitas Souto apresentou um panorama da produção brasileira e garantiu que já há espaço para os frutos brasileiros no mercado internacional.
Ela garantiu que um grupo de produtores japoneses e de outros países da Europa já demonstrou interesse em investir no cultivo do guaraná orgânico destinado ao mercado internacional.
“Apresento para vocês um panorama internacional e uma perspectiva de mercado que pode inclusive alavancar a produção e exportação dos frutos produzidos no Brasil para o restante do mundo”, disse a chefa.
Produção de Citrus
No Amazonas, as técnicas de Produção Integrada (PI) já são utilizadas para a produção de citrus. Segundo o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Mandioca e Fruticultura, José Eduardo Borges de Carvalho, as técnicas podem ser aplicadas para auxiliar na produção e cultivo dos guaranazeiros em todo Estado. “Já há um avanço na produção integrada entre os produtores de citrus no Amazonas e os subsídios podem ser aplicados também aos guaranazeiros”, garantiu Carvalho.
O projeto ‘Desenvolvimento da Citricultura e Implantação do modelo de produção integrada no Estado do Amazonas’, denominado de ‘Citrus’ foi realizado pela Embrapa Amazônia Ocidental e coordenado pelo pesquisador Marcos Garcia.
O projeto emprega mecanismos de gestão de qualidade e de monitoramento ao longo de toda a cadeia produtiva, desde a implantação das plantações até a expedição e chegada do produto ao consumidor final. A iniciativa está vinculada ao Programa de Apoio à Consolidação das Instituições de Ensino e Pesquisas’ (Pro-Estado), desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), em parceria com a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror).
Programação
A programação do Seminário de Produção Integrada do Guaraná no Amazonas continua durante toda a tarde desta quarta-feira (07/11), com palestras de pesquisadores da Embrapa Ocidental referente ao manejo integrado dos guaranazeiros e experiências de clonais de guaranazeiros por meio de uma produção limpa — sem uso de agrotóxicos — e sustentável.
Camila Carvalho – Agência FAPEAM