Tecnologia é usada como aliada no processo de ensino


Alunos são os protagonistas do uso de tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Foto: Divulgação/Seduc.

Tornar a escola um ambiente mais atrativo é o constante desafio de profissionais da Educação em todo o mundo. No Amazonas, o governo do Estado tem apoiado iniciativas que transformam a tecnologia em aliada no processo de aprendizagem. Nesse cenário, os protagonistas são os alunos dos Centros de Educação de Tempo Integral (Cetis) da rede pública estadual de ensino, que estão desenvolvendo projetos de pesquisa nos quais a tecnologia é utilizada, diariamente, nas salas de aula.

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Os projetos fazem parte do Programa Estratégico de Indução à Formação de Recursos Humanos em Engenharias e Tecnologias da Informação no Amazonas (Pró-Engenharias/RH TI/Ceti). O programa é uma ação do governo do Estado via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) em parceira com as Secretarias de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e de Educação (Seduc).

Segundo o subcoordenador da área de tecnologia da informação do programa RH-TI e vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Informática da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Raimundo Barreto, um dos Ceti´s que merece destaque é o Ceti Professor Sérgio Alfredo Pessoa Figueiredo, no bairro Cidade de Deus, na zona Leste, em Manaus.

Cavalcanti informou que 240 alunos participam direta e indiretamente das atividades. Foto: Camila Carvalho/Agência FAPEAM.

“No Ceti (Sérgio Pessoa), os projetos no Pró-Engenharias e RH-TI já iniciaram o ensino de raciocínio lógico e ‘Scratch’, que é composto por blocos de comandos visuais e encaixáveis, estilo brinquedo de montar da Lego”, disse.

Ele informou que as próximas atividades incluirão robótica educacional. “Os resultados são muito animadores porque os alunos se motivam para fazer as atividades, que usualmente são a construção de algum jogo”, informou Barreto.

A coordenadora do programa no Ceti, Francisca Maria Coelho Cavalcanti, informou que 240 alunos participam direta e indiretamente das atividades. Em outubro, um grupo de nove estudantes que participam do projeto foram a Minas Gerais fazer uma visita técnica. Entre os locais visitados estava a fábrica da Fiat, em Betim (MG).

“Durante a execução do projeto, nós fomentamos a indução a área (Engenharia) e uma nova forma de ensino por meio do uso de tecnologias que antes não eram utilizadas em sala de aula”, disse.

Benefícios

Para o professor Raimundo Barreto, a tecnologia na Educação pode ser vista como uma grande caixa de ferramentas, “de onde podem sair uma série de novos recursos a serem explorados tanto pelo aluno quanto pelo professor”.

A tecnologia na Educação não pode mais ser considerada uma inovação, simplesmente porque ela é um fato. Ela traz muitas influências positivas, como por exemplo, a interdisciplinaridade, o estímulo à participação cooperativa, a promoção da autonomia e a responsabilidade dos alunos; possibilita que o aluno possa criar, pensar, manipular a informação e que leve à construção do conhecimento pelo próprio aluno”, disse.

Barreto explicou que a tecnologia na Educação não pode mais ser considerada uma inovação, simplesmente porque ela é um fato. Foto: Érico Xavier/Agência FAPEAM.

O estudante do 2º ano do Ensino Médio do Ceti Professor Sérgio Alfredo Pessoa Figueiredo, Rodrigo Schaefer, disse que participar do projeto foi determinante para a escolha da profissão. “Pretendo estudar Engenharia aeroespacial, que não está em ascensão no Brasil e nem tem cursos em Manaus, mas para trabalhar com a construção de aeronaves e astronomia. Participar do projeto me mostrou um outro lado do mundo que eu não conhecia. Pude visitar a fábrica da Fiat e ver que o que estamos vendo em sala de aula e nos laboratórios utilizaremos na prática (no ambiente de trabalho)”, disse.

Linguagem de programação

A iniciativa do governo do Estado não é a única no País. Em reportagem publicada, no último dia 19 deste mês, no jornal O Globo especialistas defenderam que a preparação para inovações no mercado de tecnologia comece na escola.

De acordo com a reportagem, no Rio de Janeiro, a Escola Americana adotou o ‘Hour of Code’ para ensinar linguagem de programação aos alunos. A Escola Municipal Orsina da Fonseca utiliza o ‘Scratch’, o mesmo utilizado no Amazonas, para ensinar álgebra aos estudantes.

“Ensinar álgebra pura para essa garotada de hoje já não faz mais sentido. Eles têm outro tipo de interação com a informação e o conhecimento”, explicou a especialista da Escola Americana ao Globo, Mônica Araújo.

Sobre o Pró-Engenharias/RH TI/ Ceti

O Programa visa estimular estudantes da rede pública estadual de Ensino a seguirem carreira acadêmica e profissional nas áreas de Engenharias, Tecnologias da Informação e áreas afins, por meio de atividades orientadas, executadas em Centros de Educação de Tempo Integral (Cetis), administrados pela Seduc.

 

Camila Carvalho – Agência FAPEAM

 

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