Fapeam divulga nome do vencedor do sorteio da obra “Infância e Trabalho: Dimensões do trabalho infantil na cidade de Manaus 1890 – 1920”
Campanha foi realizada na rede social Facebook e contou com a adesão de diversos internautas, ao longo das duas semanas
A professora Flávia Rêgo Barros foi a vencedora do sorteio da obra “Infância e Trabalho: Dimensões do trabalho infantil na cidade de Manaus 1890 – 1920” realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
O sorteio faz parte de uma série de iniciativas para promover a divulgação de livros que são frutos de estudos e pesquisas científicas realizados no Amazonas com aporte de recursos do governo do Estado, via Fapeam, bem como para dinamizar a interação entre a Fundação e os internautas na rede social Facebook.
A atividade teve início no dia 29 de outubro deste ano e o sorteio foi realizado na última quinta-feira (12). Ao todo, 60 internautas cumpriram com todos os requisitos estabelecidos pela Fapeam e participaram do sorteio. Para participar, o internauta tinha de acessar o Portal da Fapeam e comentar as matérias publicadas, além de compartilhar e marcar outros amigos na publicação na fanpage da Fundação no Facebook.
Até o final deste ano, estão previstos outros três sorteios de obras publicadas com aporte financeiro do governo do Estado, via Fapeam, por meio do Programa de Apoio a Publicações Científicas (Biblos).
A obra
A obra foi escrita pela doutoranda em História Social da Amazônia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Alba Barbosa Pessoa, e ressalta os dois tipos de infância naquele período: a infância rica e a infância pobre.
Enquanto as crianças filhas das famílias com mais recursos financeiros passavam essa fase da vida entre os livros, brincadeiras, passeios e viagens, as crianças filhas das famílias pobres passavam a maior parte do seu tempo no espaço do trabalho. Essas crianças exerciam as mesmas atividades laborais que os adultos, cumprindo extensas jornadas de trabalho e eram submetidas a constantes castigos físicos.
Acesse e leia mais sobre a publicação
“É importante destacar que, nesse período, o trabalho infantil era visto como um valor positivo para a formação do bom cidadão, mas o que chama a atenção é que o valor do trabalho era visto como benéfico somente para os filhos das famílias pobres. O que me surpreende é que, hoje, grande parte da população ainda comunga com essa percepção”, disse a pesquisadora.
Com a publicação, a pesquisadora propõe uma maior reflexão sobre a situação de inúmeras crianças que passam parte do dia nas praças, ruas e sinais de trânsito, trabalhando para contribuir com o sustento da família. “Espero que o livro possa trazer elementos para ações efetivas no combate ao trabalho infantil”, disse Alba Pessoa.
Francisco Santos / Agência Fapeam