Açaí branco da Amazônia faz sucesso entre consumidores da região


Comer açaí sem manchar os dentes momentaneamente? Já pensou? Pois isto é possível! A famosa fruta amazônica possui uma variedade rara de coloração clara: o açaí branco – também chamado de açaí tinga. Com o mesmo sabor do ‘irmão’ roxo, ele possui consumidores fiéis que chegam a pagar até o dobro pelo produto. A demanda pela polpa é tão significativa que já existem plantios racionais da fruta.

Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook

Além da coloração e do preço, os açaís diferem no valor nutricional “basicamente no teor de polifenóis (antocianinas) e de lipídios”, como explicou a engenheira e pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Amazônia Ocidental, Socorro Padilha.

No Pará, onde o açaí branco é mais apreciado, o consumo ocorre da mesma forma que o roxo: em polpa processada in natura ou congelada, como picolé ou sorvete.

A estudante universitária Thalita Sales, de 19 anos, disse à reportagem do Portal Amazônia que desconhecia a existência de outro tipo de açaí que não fosse o roxo. “Estou surpresa com esse novo açaí. É açaí mesmo? Ah, eu quero provar. Gosto de tudo que tem açaí; inclusive cosméticos”, contou.

A engenheira ressalta que não se trata de uma espécie diferente do açaí já conhecido. Na verdade, o branco é um ecotipo que ocorre naturalmente nas populações das espécies de açaizeiro ao longo do estuário amazônico. “Fizemos coleta de açaí branco em no baixo [rio] Tocantins, em Baião, Cametá e Igarapé Mirim, e na Ilha de Marajó, em Anajás e em outros locais”, disse Socorro. O açaí branco é mais estudado pela Embrapa Amazônia Oriental, sediada no Pará, mas também há registros dele no Amazonas.

“Como não há ocorrência de populações naturais exclusivamente de açaí branco, e sim de touceiras [cachos] dentro de populações violáceas, acreditamos que seja oriundo de mutação [genética]”, disse Socorro. “Há alguns plantios racionais desse tipo, especialmente em Santarém, Alenquer e em outros locais para atender a demanda da polpa”, concluiu.

Fonte: Portal  Amazônia

Foto inicial: Embrapa

Deixe um novo comentário

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *