Caroço de açaí será utilizado na produção de energia renovável no Pará
14/02/2012 – Famílias de baixa renda do Estado do Pará contarão com um apoio financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento para se tornarem fornecedoras de materiais utilizados pelas usinas de biomassa. Do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) sairão US$ 2 milhões para serem aplicados no processamento do açaí.
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Por ser uma fruta típica da região, o açaí está constantemente presente na mesa dos paraenses. O caroço do alimento é geralmente descartado nas ruas da cidade, na rede de esgoto e nos rios. Com os recursos do Fumin, será criada uma rede de produtores de polpa de açaí e catadores de lixo, que coletarão os caroços não utilizados, procurando criar uma indústria ligada à produção de biomassa, matéria-prima para a geração de energia renovável.
“Essa abordagem inovadora vai transformar um crescente problema ambiental em uma oportunidade de negócio verde”, explica a chefe da equipe do projeto, Lorena Mejicanos Ríos. "Esperamos que este projeto inspire a cultura da reciclagem e ofereça lições importantes para iniciativas semelhantes em toda a América Latina e no Caribe".
Além de assistência técnica e capacitação para as cooperativas de catadores, será desenvolvido um plano logístico que inclui a criação de estações de coleta e transporte do material para a empresa que transformará o caroço em biomassa. O projeto gerará novas oportunidades de renda para 2,4 mil produtores de polpa e 360 catadores de resíduos e mais 65 novos postos de trabalho.
O projeto ainda ajuda a combater a emissão de gases do efeito estufa. Com a iniciativa deixarão de ser soltos na atmosfera 234 mil toneladas métricas de dióxido de carbono.
Fonte: Gestão C&T, com informações do BID