Comunitários apresentam dificuldades enfrentadas na RDS do Tupé
14/10/2011 – Pesquisadores e comunitários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé estão reunidos no ‘1º Redesenhando Políticas Públicas para Unidades de Conservação’, um evento realizado pelo projeto Biotupé para debater políticas públicas que apontem para melhorias da qualidade de vida das famílias que vivem na Reserva.
Segundo os organizadores, pela primeira vez os comunitários têm a oportunidade de apresentar suas reais necessidades. “A ideia é que os comunitários digam como é a questão no dia a dia, que apresentem os problemas que enfrentam e quais são suas reivindicações”, explicou o coordenador do projeto, o pesquisador Edinaldo Nelson.
Na abertura do evento, líderes de três comunidades da RDS falaram sobre os problemas enfrentados por eles e outras famílias que vivem no Tupé. Entre os principais estão a falta de saneamento básico, água potável e o impedimento de atividades como pesca e caça de subsistência.
Siga a FAPEAM no Twitter e acompanhe também no Facebook
Segundo a vice-coordenadora do grupo de pesquisa, Veridiana Scudeller, a expectativa é de que os debates propiciem a construção de metodologias que poderão ser aplicadas no Tupé para minimizar as dificuldades enfrentadas por eles.
O grupo de pesquisadores, que hoje mantém uma base de pesquisa construída no local com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), desenvolve estudos e metodologias pelo Projeto Biotupé.
Os pesquisadores realizam anualmente, desde sua fundação, há dez anos, apresentações sobre o resultado das atividades desenvolvidas na Reserva. Em sua décima edição, o Workshop Anual do Tupé vai oferecer aos comunitários algumas opções baseadas em resultados de pesquisas científicas que podem levar a melhorias das atividades desenvolvidas nas comunidades.
Hoje, a partir da 14h será realizado o painel sobre ‘As Políticas Públicas para Uso de Recursos Naturais nas Unidades de Conservação’ com as presenças de representantes da FAPEAM, Semmas, SDS, ICMBIO, FAS e Sepror.
Comunitária Francisca Carvalho expõe vivência em RDS (Foto: Ricardo Oliveira)
Rosilene Corrêa – Agência FAPEAM