Estudo pretende desenvolver inseticida à base de plantas para lavouras e plantações agrícolas


Produto será desenvolvido à base de plantas com capacidade de mortalidade e repelência a insetos-pragas

Estudo pretende desenvolver inseticida a base plantas para lavouras e plantações agrícolas

Com apoio do governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), o engenheiro agrônomo Rian Javé Moraes está desenvolvendo um estudo para desenvolver um inseticida à base de plantas sem contra indicações à saúde humana.

Segundo o pesquisador, o projeto de pesquisa objetiva estudar maneiras de utilizar menos inseticidas químicos nas plantações e lavouras.

“Inseticidas à base de plantas não oferecem quase nenhuma toxicidade para o homem e o objetivo do projeto é esse, mostrar que certas plantas têm esse efeito de mortalidade ou repelência em insetos e pragas, visando à redução da utilização de agrotóxicos no campo”, disse Rian Javé Moraes.

Ele informou que o estudo ajudará na redução de agrotóxicos utilizados por produtores rurais, contribuindo assim, inclusive, com a preservação do meio ambiente.

“Espero que as plantas com potencial de inseticidas tenham efeito de mortalidade e repelência nos insetos-pragas, especificamente cerca de 80% de mortalidade e 60% de repelência, o que seria um bom resultado levando em consideração o material vegetal que possui uma toxicidade menor em relação ao produto químico. Com esses resultados poderemos pensar em potencializar os experimentos e a utilização desses extratos vegetais em larga escala, reduzindo, deste modo, a quantidade de agrotóxicos utilizada em campo e, futuramente, reduzindo também os custos para o controle de pragas agrícolas”, disse Moraes.

O estudo conta com recursos financeiros do governo do Estado, por meio da Fapeam, no âmbito do Programa de Bolsas de Pós-Graduação em Instituições fora do Estado do Amazonas (PROPG-AM).

Saiba como será desenvolvido o inseticida à base de plantas

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Segundo o pesquisador, serão utilizados dois tipos de aplicações dos inseticidas nos insetos: a aplicação direta sobre o inseto e a aplicação indireta.

Rian Javé Moraes iniciou a pesquisa em Pernambuco, quando trabalhou com extratos de plantas com potencial tóxico. Ele resolveu utilizá-las em insetos e pragas para saber como seria o efeito e a reação dessas plantas como inseticidas. “Potencializei essa ideia utilizando outros tipos de plantas com mais concentrações e, assim, o projeto de pesquisa foi ‘nascendo’”, disse.

A pesquisa foi dividida em duas fases. A primeira é referente à criação de insetos em grande escala para serem usados nos experimentos com os inseticidas à base de plantas. A segunda fase consistirá na aplicação dos inseticidas no criadouro de insetos, observando a reação de repelência e mortalidade do produto.

Segundo o pesquisador, serão utilizados dois tipos de aplicações dos inseticidas nos insetos: a aplicação direta sobre o inseto, em que a mortalidade será testada após um período de 72 horas; e a aplicação indireta, em que o inseticida será aplicado em um arroz e após um período de 72 horas será testada a repelência do inseticida e/ou se os insetos se aproximarão do alimento. Caso o inseto se aproxime do arroz em que foi aplicado o inseticida, o pesquisador avaliará o índice de mortalidade do inseto e, portanto, a eficiência do produto.

Ada Lima / Agência Fapeam

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