Êxodo de primeiros africanos foi mais complexa do que se imaginava


A África é o berço da humanidade. Mas, de acordo com um novo estudo feito por pesquisadores chineses e norte-americanos, a maneira como o homem saiu do continente africano para povoar o restante do planeta precisa ser revista, pois é mais complexa do que se imaginava. O estudo, que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), descreve a análise de 34 pedaços de fósseis com idade estimada de 35 mil anos, descobertos na caverna de Tianyuan, na China.

As peças formam o mais antigo esqueleto humano encontrado até hoje no leste da Ásia. Segundo o grupo, coordenado por Erik Trinkaus, da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, os detalhes, na maioria, guardam semelhanças com o homem moderno, mas alguns estão mais próximos dos humanos arcaicos, como a proporção entre os dentes anteriores e posteriores.

Com base nos resultados, os cientistas apontam que “uma dispersão simples dos humanos modernos a partir da África é improvável”. Segundo eles, o esqueleto de Tianyuan sugere que a dispersão se deu a partir de movimentos em diferentes períodos e a partir de outras regiões do continente africano que não apenas o leste, como o oeste e sul.

Os autores do estudo apontam que o esqueleto agora analisado fornece dados sobre muitos aspectos a respeito de sua biologia que serão úteis para reconstruir a transição dos humanos arcaicos para os modernos no leste da Ásia.

O artigo An early modern human from Tianyuan Cave, Zhoukoudian, China, de Erik Trinkaus e outros, pode ser lido por assinantes da Pnas em www.pnas.org.

Agência FAPESP

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