Fapeam promove seminário de avaliação de programas científicos
Durante três dias, as principais ações focadas na formação de grupos de pesquisa, recursos humanos e fixação de pesquisadores serão expostas em seminário organizado pela Fapeam, que apresenta os frutos da parceria consolidada entre a entidade e o CNPq
Estimular a formação de grupos de pesquisa no Amazonas, dar oportunidades para que as instituições locais tenham acesso aos recursos destinados à pesquisa, bem como possibilitar que estudantes de graduação se sensibilizem para a carreira científica. Essas são algumas das metas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que na próxima quarta-feira (25), às 9h, fará a avaliação dos programas científicos que geraram uma verdadeira revolução na forma de se fazer ciência no Amazonas.
Realizados em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), os programas Primeiros Projetos (PPP), Desenvolvimento Científico Regional (DCR), Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex) e Iniciação Científica Júnior (Pibic Jr.) serão analisados durante o 2º Seminário de Avaliação dos Programas em Parceria com o CNPq, a ser realizado no Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz), pela manhã, das 9h às 12h, e à tarde, das 14h às 18h.
A solenidade de abertura acontecerá na terça-feira (24), às 15h, na reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), situada na avenida Djalma Batista – Flores. O encontro prossegue até sexta-feira (27) com apresentações orais e mostras de painéis dos pesquisadores contemplados nos programas. Na ocasião, a comunidade científica local e nacional estará reunida em prol do mesmo objetivo: discutir sobre as experiências e fortalecer as atuais parcerias.
Durante o seminário, serão apresentados 41 painéis, sendo: Universidade Federal do Amazonas (Ufam), 21; UEA, 5; Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), 12. As Fundações de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), de Medicina Tropical do Estado do Amazonas (FMT-AM) e Vitória Amazônia (FVA), apresentarão um painel cada.
Em relação às apresentações orais, serão 56 no total, sendo: Ufam e Inpa, ambas 24; UEA, quatro; Fiocruz, FMT, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Escola Agrotécnica Federal de São Gabriel da Cachoeira, uma, cada. Na oportunidade, serão exposto trabalhos nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, Exatas e da Terra, Biológicas, Agrárias, da Saúde. Para isso, a FAP estará contando com consultores ad hoc (avaliadores) ligados às instituições de ensino e pesquisa do Amazonas e de outros Estados brasileiros para integrar os comitês de avaliação.
Mesmo com uma participação ainda tímida, o diretor-presidente da Fapeam, Odenildo Teixeira Sena, disse que ficou satisfeito ao ver Instituições como a Escola Agrotécnica Federal de São Gabriel da Cachoeira, localizada no Alto Rio Negro, e Hemoam nas apresentações orais e mostra de painéis, respectivamente. Ele lembrou que, há pouco tempo, isso não era possível, pois esses centros não tinham envolvimento direto na produção científica.
“Isso nos deixa felizes, pois estamos trabalhando para envolver e estimular a formação de grupos de pesquisa em todo o Amazonas”, comemorou Sena. Ele disse que, hoje, a Escola Agrotécnica de São Gabriel é o maior parceiro da Fapeam na região do Alto Rio Negro, sendo uma prova de que se está atingindo os objetivos institucionais da FAP, por exemplo, a formação e fixação de capital intelectual no interior do Estado.
]Sena compartilhou o sucesso dos programas com o CNPq que, segundo ele, é a agência do Governo Federal que mais tem investido recursos no Amazonas. “Marco Antonio Zago (presidente do CNPq) tem sido sensível em relação à diminuição das desigualdades entre as regiões e na questão da formação de mestres e doutores. Se essa parceria não fosse possível, o processo de formação de recursos humanos seria mais lento”, admitiu.
Em relação à fixação, formação de recursos humanos e grupos de pesquisa, Sena citou como exemplo os Programas DCR e Pronex, como iniciativas de peso para o Amazonas. Ele explicou que são ações importantes, porque possibilitam que doutores de instituições de outros Estados formem grupos de pesquisa no Amazonas e, dessa forma, fixem residência. “Temos que trabalhar para que as bolsas disponibilizadas hoje sejam todas preenchidas, uma vez que há muitas oportunidades de qualificação em nível de pós-graduação. É preciso que as instituições locais se mobilizem para contratar pesquisadores de outros Estados, convidando-os realizar pesquisa na Amazônia”, ressaltou.
Luís Mansuêto – Agência Fapeam