INPA apresenta resultados de pesquisas na 34ª Expoagro

Os conhecimentos sobre os processos produtivos de peixes de água doce, por exemplo, reprodução, curtimento de peles, criação em canais de igarapés, além das pesquisas na área de produção agrícola do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) farão parte da programação da 34ª Exposição Agropecuária 2007 – Expoagro.

O evento começou no sábado (13/10) e vai até o dia 21/10 (domingo) e será realizado no Parque de Exposição Angelino Beviláqua, no km 10 da rodovia AM-010. Paralelamente, acontece a 5ª Feira de Agronegócios Sustentáveis do Amazonas, a qual reúne tudo o que os municípios estão produzindo nos setores: agrícola; pecuária; pesqueira; e produtos florestais madeireiros e não-madeireiros.

Durante a semana, o INPA mostrará os resultados de três pesquisas na área de piscicultura e uma na de produção agrícola, as quais podem ser aplicadas junto aos produtores rurais. As palestras serão realizadas na segunda-feira (15), das 9h às 12h. A primeira delas é “Fundamentos e técnicas de reprodução de peixes”. O palestrante será o Engenheiro de pesca Waldir Bitar França. Especializado em reprodução pesqueira, ele falará sobre o ciclo reprodutivo do peixe, alimentação, qualidade da água (temperatura).

“Todo peixe tropical e subtropical necessita de estímulos ambientais. Quando determinadas espécies são criadas em cativeiro, elas não conseguem realizar o ciclo reprodutivo. É nesse momento que o especialista ajuda na reprodução induzida”, explicou França. Segundo ele, em sua apresentação, também será abordado a infra-estrutura necessária para reprodução induzida, seleção dos reprodutores etc.

A segunda palestra, “Criação de matrinxã em canal de igarapés”, será apresentada pelo pesquisador Sérgio Figueiredo Guimarães. Ele falará a respeito dos benefícios de implantação da tecnologia em comunidades da região como forma de obter renda e, ao mesmo tempo, melhorar a alimentação familiar. Para a implantação são analisadas as condições geográficas, ou seja, topografia, acesso, volume de água, força de trabalho familiar e possibilidades de sustentabilidade da atividade.

"O projeto é totalmente voltado para a subsistência e/ou comercialização em pequena escala. É um modelo aplicado para o nível de agricultura familiar", destacou Guimarães.

Também na área de piscicultura, o pesquisador José Jorge Rebello falará sobre a “Utilização de peles de peixes de água doce para curtimento”. Ele explicou que as peles do pirarucu, tambaqui e da pirarara podem ser aproveitadas para a confecção de bolsas, cintos, carteiras, calçados. Mas, para isso, precisam passar pelo processo de curtimento que envolve, por exemplo, remolho, piquelagem, secação, neutralização, engraxe e acabamento. Ou seja, há uma série de etapas para se chegar ao produto final.

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